A contratação do serviço de segurança patrimonial desarmado ocorre após quase sete meses de uma tentativa de invasão do prédio por um munícipe com um veículo.
Jorge Honorio
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A Câmara Municipal de Votuporanga/SP autorizou nesta quarta-feira (17.set) a contratação de uma empresa especializada em serviços de segurança patrimonial desarmada. A medida tem como objetivo garantir a proteção do patrimônio público e a segurança de vereadores, servidores e cidadãos que frequentam o Palácio 8 de Agosto.
A contratação, segundo o documento, se justifica diante dos riscos de furtos, depredações e até episódios de tentativa de invasão e agressões já registrados na Câmara de Votuporanga. O edital prevê o contrato com duração inicial de 12 meses, com possibilidade de renovação, e a prestação de serviço contínuo de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, incluindo feriados que eventualmente coincidam com esses dias.
A empresa vencedora do pregão eletrônico foi a Sannovel Segurança LTDA, que tem sede registrada em Sales/SP. O custo do contrato anual é de R$ 68.088,00, ou seja, R$ 5.674,00 por mês.
Entre as atribuições da contratada estão o controle de acesso, rondas preventivas, monitoramento de áreas internas e externas e registro de ocorrências, além de elaborar relatórios diários de atividades e manter canal de comunicação emergencial 24 horas. Entre os critérios técnicos exigidos, estão a comprovação de profissionais capacitados, formação em curso de vigilante, atestados de capacidade técnica e autorização da Polícia Federal para funcionamento. A contratada também deverá implementar sistema de gestão eletrônica de rondas e ocorrências.
Tentativa de invasão
Um episódio de violência registrado na tarde do dia 27 de fevereiro, chamou à atenção dos votuporanguenses. Na oportunidade, por volta das 16h, um comerciante avançou com uma caminhonete GM/S10, sobre as portas da Casa de Leis – em um acesso de atendimento ao público, próximo aos gabinetes – que só não foram estouradas, porque são automáticas e abriram com a aproximação do veículo.
Conforme noticiado pelo Diário, a época, já no saguão, o indivíduo que estava visivelmente alterado e com um cigarro nos dedos, passou a discutir com vereadores, como Chandelly Protetor (Republicanos), Sargento Marcos Moreno (PL) e Cabo Renato Abdala (PRD), com foco em uma série de questões pessoais e também envolvendo serviços públicos, como a demora para uma consulta médica. Em uma gravação, ao qual o Diário teve acesso, o homem questionava os parlamentares e os desafiavam a chamar a polícia.
Depois de muita discussão, em determinado momento, ele teria partido para cima dos vereadores e, ao ser repreendido, teria tentado agredir Cabo Renato Abdala, que é ex-policial militar, e reagiu imobilizando o comerciante.
A Polícia Militar esteve no local, registrando o caso que passou a ser tratado oficialmente como desinteligência. O indivíduo foi liberado.