Bolsonaro segue na UTI sem previsão de alta, com restrição a visitas e ‘boa evolução clínica’, diz boletim 

225
O ex-presidente Jair Bolsonaro na UTI do Hospital DF Star — Foto: Reprodução/Redes sociais

Ex-presidente não tem dor ou sangramentos e continua fazendo fisioterapia.


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em “boa evolução clínica, sem dor” e com restrição de visitas, informa o boletim médico divulgado nesta quarta-feira (16.abr).

“O Hospital DF Star informa que o ex-Presidente Jair Bolsonaro permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento pós-operatório. Encontra-se com boa evolução clínica, sem dor, sangramentos ou outras intercorrências. Mantém programação de fisioterapia motora (caminhada fora do leito) e respiratória. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI”, afirma o boletim.

Em publicação nas redes, Bolsonaro reforçou que segue com ” boa evolução clínica, sem maiores dores, sangramentos ou intercorrências mais graves”.

Na terça-feira, Bolsonaro publicou um vídeo em que aparece caminhando no hospital.

Também na terça, Bolsonaro afirmou nas redes sociais que está “concentrado” na recuperação da cirurgia e disse que a intervenção foi a mais “invasiva” pela qual já passou. Esta foi a sexta operação realizada desde 2018 na região em que foi atingido por uma facada.

“Permaneço concentrado no processo de recuperação, que pelo que entendo foi procedimento mais invasivo que aconteceu”, escreveu em post no X.

Bolsonaro também agradeceu a quem está respeitando a orientação passada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que restringiu as visitas neste momento apenas aos familiares.

“Agradeço, com muito carinho, aos amigos que estão respeitando esse momento delicado, compreendendo que, por orientação médica, apenas familiares e profissionais de saúde estão autorizados a acompanhar de perto. Isso é essencial para evitar conversas e estímulos que possam causar dilatação e até mesmo descolamento da parede abdominal — riscos que precisam ser evitados com máxima cautela frente ao enfrentado na sala de cirurgia”, completou.

Como foi a cirurgia

No último domingo, o ex-presidente precisou passar por uma cirurgia de mais de 12 horas para desobstruir parte do intestino. A intervenção foi considerada de “grande porte” e teve o objetivo de descolar as chamadas “aderências” no órgão e reconstruir a parede abdominal.

O último boletim médico, divulgado no final da tarde desta segunda-feira, indicava que Bolsonaro estava sem dor e sem sangramentos. O ex-presidente já conseguiu sentar no leito e dar alguns passos com auxílio.

A expectativa é que seja uma internação hospitalar de pelo menos duas semanas. Até o momento, Bolsonaro está se alimentando por via intravenosa.

O ex-presidente passou por uma “laparotomia exploradora”, procedimento que consiste em cortar o abdome para examinar os órgãos internos. No caso de Bolsonaro, houve o diagnóstico de retenção do trânsito do intestino. O objetivo, então, foi desfazer as “aderências” que bloquearam a digestão do paciente.

Depois, houve a reconstrução da parede abdominal, feita para reforçar a musculatura dessa parte do corpo.

A obstrução intestinal foi resultante de uma dobra do intestino delgado que dificultava o trânsito intestinal e que foi desfeita durante o procedimento.

O ex-presidente passou mal na última sexta-feira, no Rio Grande do Norte, após sentir os efeitos da retenção intestinal, e foi transferido no dia seguinte para o Distrito Federal. O problema de saúde do ex-presidente é uma sequela do ataque à faca contra ele há sete anos, durante a campanha de 2018.

*Com informações do O Globo