Crises persistentes no ex-presidente preocupam equipe médica e podem exigir procedimento específico nos próximos dias.
A principal atenção da equipe médica responsável pela cirurgia de hérnia e acompanhamento pós-operatório do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concentra-se nas crises intensas de soluço apresentadas por ele.
Segundo o cardiologista Brasil Ramos Caiado, o sintoma provoca desgaste físico significativo e interfere diretamente no descanso, fator considerado essencial durante a recuperação cirúrgica.
“O soluço é um sintoma preocupante porque causa cansaço intenso e prejudica o sono. Em um pós-operatório, o organismo precisa se recuperar. Ele está sendo praticamente agredido por esse soluço. O ponto central hoje, além da cirurgia, envolve resolver essa questão”, afirmou o médico.
De acordo com Caiado, havia a intenção inicial de realizar um procedimento específico durante a cirurgia para minimizar as crises. Após avaliação mais detalhada, a equipe optou por adiar essa intervenção.
A estratégia atual prioriza medidas clínicas, como ajustes na alimentação e reforço da medicação, com observação cuidadosa da evolução do quadro nos próximos dias.
“Optamos por otimizar o tratamento clínico, melhorar a dieta, potencializar a medicação e observar ao longo dos próximos dias a real necessidade desse procedimento. Existe a possibilidade de realização na segunda-feira (29)”, explicou o cardiologista, ao reforçar o impacto do soluço sobre o descanso do paciente.
O procedimento considerado envolve uma radiointervenção destinada à localização do nervo associado ao diafragma responsável pelas crises. Após a identificação, os médicos aplicam uma injeção com substância anestésica associada a um opioide, técnica voltada ao bloqueio do estímulo responsável pelo sintoma.
Cirurgia dentro do esperado
A equipe médica informou, na tarde da última quinta-feira (25), sobre a cirurgia para correção de uma hérnia, realizada dentro do esperado, com duração aproximada de três horas. Bolsonaro encontra-se no quarto, em processo de recuperação.
Segundo os profissionais responsáveis, não existe indicação para internação em unidade de terapia intensiva. A previsão aponta recuperação em até sete dias.
Sobre eventual retorno à Superintendência da Polícia Federal após esse período, os médicos destacaram a necessidade de avaliação contínua ao longo da semana.
*Com informações do R7





