Black Friday: Brasileiro gastará em média R$ 1.200 em compras, mostra pesquisa

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Eletroeletrônicos se mantém no topo da lista das categorias mais desejadas por 69% dos respondentes brasileiros, seguida por moda adulta (55%), produtos de beleza (40%), produtos para a casa (36%) e moda infantil (25%).


Embora o brasileiro seja o mais animado a partir para as compras durante a Black Friday, a inflação acaba tendo um impacto nos carrinhos virtuais e físicos, aponta um estudo da consultoria Boston Consulting Group (BCG).

Levantamento realizado com 2 mil brasileiros no início do mês mostra que a média de gastos previstos na semana da Black Friday é de R$ 1.200. “As pessoas vão gastar mais como efeito da inflação”, diz Cecilia Aureliano, sócia do BCG Brasil, em entrevista ao Valor.

A maior parcela do grupo (26%) pretende gastar entre R$ 1.001 e R$ 2.500 no período promocional, enquanto 19% querem desembolsar entre R$ 2.501 e R$ 5.000 no mesmo intervalo. Já o grupo que pretende gastar até R$ 250 corresponde a 7% dos respondentes.

Entre os países pesquisados, o gasto médio estimado na semana da Black Friday é de R$ 1.791,28 (US$ 335 na cotação do dólar de quinta-feira), 5% abaixo do valor gasto no mesmo período do ano passado. Segundo o estudo, 24% dos consumidores pretendem gastar menos este ano com as promoções, na próxima semana.

Somente os americanos devem gastar mais na Black Friday deste ano, com um valor médio de R$ 2.379,46 (US$ 445) por compra, 6% superior ao do ano passado.

Entre os países pesquisados, o gasto médio estimado na semana da Black Friday é de R$ 1.830,74 (US$ 335 na cotação do dólar de quinta-feira), sendo que os americanos devem gastar uma média de R$ 2.431 (US$ 445), apesar do ciclo de alta de juros para conter a inflação nos EUA.

Aureliano também nota um aumento na intenção de compra em lojas físicas nesta Black Friday, após o relaxamento das medidas de isolamento social na pandemia da covid-19. “No mundo inteiro os consumidores estão querendo voltar para as lojas [presenciais]”, afirma.

Nos países pesquisados, o volume de pessoas que pretendem aproveitar a Black Friday somente pela internet caiu de 51% para 31%, desde o ano passado. No Brasil, o perfil de consumo somente on-line diminuiu de 39% para 33%, na mesma base comparativa.

Depois do cartão de crédito, meio de pagamento escolhido por 73% dos brasileiros para as compras na Black Friday, o pagamento instantâneo Pix, que completou dois anos de lançamento no país, tem 50% da preferência nas compras dos consumidores pesquisados, seja on-line ou presencialmente, neste ano.

O interesse por fazer compras em sites de supermercados e shoppings virtuais cresceu 47% e 43%, respectivamente, entre os brasileiros que farão compras on-line nesta Black Friday, em relação ao mesmo período de 2021.

Itens mais desejados

Eletroeletrônicos se mantém no topo da lista das categorias mais desejadas por 69% dos respondentes brasileiros, seguida por moda adulta (55%), produtos de beleza (40%), produtos para a casa (36%) e moda infantil (25%). A categoria de viagens também se destaca em sétimo lugar, com 16% das intenções de compra neste período.

Nas categorias de serviços, a Black Friday será uma oportunidade para assinar streaming de vídeos para 27% dos brasileiros, bem como serviços de internet móvel (18%), streaming de áudio (15%) e TV paga (14%).

Preços altos, custo de frete e má qualidade de entrega e do produto vendido são as principais barreiras para 56%, 52% e 42% dos brasileiros não realizarem compras na Black Friday.

O Brasil e os EUA estão empatados com 63% de fidelidade ao período promocional: 63% dos consumidores que fizeram compras na Black Friday 2021 pretendem voltar a comprar na promoção deste ano. A recorrência é ainda mais alta entre consumidores da Itália (70%) e da Espanha (64%).

*Com informações do Valor