Astrônomo diz que fenômeno registrado no céu do interior de SP indica ser um ‘fireball’: ‘Velocidade de 13 km/s’

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Morador de Marília flagrou bola esverdeada no céu — Foto: Fábio Modesto/TV TEM

Moradores flagraram bola de luz esverdeada no céu em Ilha Solteira, Canitar, Marília, Salto e Sorocaba.


Uma bola de luz esverdeada foi flagrada no céu de diversas cidades do interior de São Paulo no início da noite de segunda-feira (20.jun). Segundo o astrônomo Renato Poltronieri, de Nhandeara/SP, indícios indicam ser um “fireball”.

“Foi muito grande e passou bem baixo. Esse durou de 18 a 20 segundos se arrastando entre os estados de Minas Gerais e São Paulo e a velocidade foi de 13 quilômetros por segundo. Lixo espacial por enquanto estamos descartando, porque ele tem velocidade mais lenta”, explica o astrônomo.

Renato é membro da Bramon – Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros, e possui equipamentos que conseguem medir a velocidade, tamanho e até a duração dos fenômenos.

No interior de São Paulo, alguns dos registros foram em Ilha Solteira, Canitar, Marília, Salto e Sorocaba. Também houve registros nas regiões de Ribeirão Preto, de Araraquara, no interior de SP, e no Sul de Minas Gerais.

“A projeção inicial deste ‘fireball’ foi de 70 quilômetros de altitude e ele se apagou a cerca de 40 quilômetros de altura. Sobre a coloração, ela é influenciada pela atmosfera. Não tem a ver com um material interno”, explica o astrônomo.

Os registros colhidos pela Bramon indicam que o meteoro, que apresentou magnitude de -0.8, desapareceu em Jundiaí.

“Conseguimos fazer uma estimativa. Se caísse, seria na região de Sorocaba e Jundiaí. Onde o ‘fireball’ apaga seria onde teria ocorrido a provável queda”, afirma.

Segundo o astrônomo, os meteoros não são incomuns, mas nesta magnitude é mais difícil de ver no Brasil.

“A estimativa de ‘fireball’ é de dois por ano. Por isso é legal a população estar atenta, também colhendo registros”, ressalta.

Meteoro ou fireball?

Renato explica que o que diferencia o “fireball” de um meteoro é o tamanho e o brilho.

“Os meteoros fraquinhos são aqueles comuns que a gente vê. O bólido é maior. É aquela explosão e ele já desce, explode e desaparece. O ‘fireball’ é quando ele se arrasta, forma aquela bola gigantesca e vem explodindo.”

*Com informações do g1