António Oliveira valoriza classificação do Corinthians: “Estavam à espera de um 10 a 0?” 

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António Oliveira em Corinthians x América-RN — Foto: Marcos Ribolli

Técnico rebate questões sobre o desempenho do time na vitória por 2 a 1 sobre o América-RN.


O técnico António Oliveira se mostrou desconfortável com perguntas sobre a atuação do Corinthians na vitória por 2 a 1 sobre o América-RN e preferiu destacar a importância da classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil.

Para o treinador, independentemente da diferença entre orçamentos dos clubes e do fato de o América-RN estar na Série D, o Corinthians cumpriu seu objetivo, que era a avançar à próxima fase. 

“Não há jogos iguais. Contra o Fluminense passamos sufoco? Não, claro que não. Contra o Argentinos Juniors nós passamos sufoco? Estamos a falar de um jogo que foi há sete dias e foram os mesmos jogadores, portanto, não há jogos iguais, porque os adversários são sempre diferentes, colocam-nos problemas diferentes e nós temos que arranjar as melhores soluções. Isto aqui não é PlayStation nem Football Manager. Estamos a tratar com pessoas, independente de investimento. Nossa obrigação perante o América-RN era passar. Estavam à espera de que, um 10 a 0?”, indagou o português. 

“O futebol não é isso e nós temos visto exemplos no futebol que as situações têm que ser comprovadas dentro do campo. Nós fizemos o nosso trabalho, fizermos bem, os jogadores estão de parabéns e merecem aquilo que estão a viver dentro das dificuldades que nós temos sentido”, completou.

O Timão abriu o placar no primeiro tempo, com Yuri Alberto, mas levou o empate no começo da etapa final, em gol de Wenderson. Apesar de ter muito mais posse de bola e chances para marcar, o Timão foi conquistar a vitória somente nos minutos finais, com Cacá. 

“O seu colega (jornalista) anteriormente falou em 30 finalizações. Se fossem cinco finalizações é que eu ficava preocupado. Eu acho que o importante aqui é o resultado final, porque nós aqui somos sempre julgados pelo resultado. Se nós não ganhássemos era porque não criávamos e que tínhamos dificuldade. Ganhamos, é a mesma situação. Acho que já disse mais do que uma vez, temos que valorizar o trabalho que tem sido feito pelos jogadores. Eu ainda me recordo em fevereiro, quando cheguei aqui, o estado em que vinham de cinco derrotas. Nessa perspectiva, dentro das circunstâncias, porque se quisera vou aqui a uma lista de jogadoras que eu deixei de contar. O grupo é bom, mas as circunstâncias que têm sido vividas são sempre desafiantes”, opinou o técnico, que ainda prosseguiu: “Eu sou treinador de futebol, não sou milagreiro, mas aquilo que os jogadores têm feito tem sido de grande qualidade e deve ser valorizado e não arranjar aí situações para criar mais o pânico porque quando uma equipe que cria 30 finalizações não é porque ela teve grande dificuldade. Se uma pessoa for honesta e intelectualmente honesta, percebeu que a quantidade de vezes que a bola era bloqueada batia em toda a gente, acabou por bater e entrar no fim. A vitória foi merecida, um dia vamos ganhar 3-0, outro dia vamos ganhar 2-1. O importante aqui é ganhar, sabe por quê? Porque se ficar 0-0, vão criticar na mesma. O importante aqui é nós ganharmos porque as vitórias trazem-nos confiança.” 

António também pareceu não gostar de uma pergunta a respeito da possível utilização de Igor Coronado como titular. Nesta quarta, ele entrou aos 26 minutos do segundo tempo. 

“Há uma coisa que eu nunca vou abdicar, é o equilíbrio da equipe. E quando eu entender que eles (Coronado e Garro) devam jogar juntos, vão jogar juntos. Quando eles devem jogar à vez, vão jogar à vez. Portanto, há uma coisa que eu nunca vou sobrepor à instituição, porque eu sou uma pessoa responsável e pagam-me para isso. Portanto, mais uma vez eu digo assim: isto não é chegar ali como PlayStation ou Football Manager”, afirmou. 

Corinthians volta a campo na próxima terça-feira, em duelo da Copa Sul-Americana, contra o Racing-URU, na Neo Química Arena. 

*Com informações do ge