Além de novo técnico, seleção brasileira terá mais mudanças, e Juninho também deve deixar CBF

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Ednaldo Rodrigues, Tite e Juninho Paulista juntos no Catar — Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Coordenador foi contratado por Rogério Caboclo para outra função em 2019. Tendência é de redução de comissão técnica fixa após adeus de Tite. Escolha de treinador vai ser por decisão de Ednaldo Rodrigues.


Tite já anunciou que deixa o cargo de técnico da Seleção após a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar. E não será o único. Com ele, vão outros profissionais que o acompanharam – a maioria deles em toda essa trajetória de seis anos na CBF.

A reformulação vai ser mais profunda. O destino do coordenador da seleção masculina principal, Juninho Paulista, também é incerto, e dificilmente ele permanece na CBF.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, deixa o Catar junto com a delegação no avião fretado nesta manhã de Doha – madrugada do Brasil. Como chefe de delegação, ele consolou jogadores, foi ao vestiário e agradeceu o empenho de todos.

Ele garante que inicia a procura por técnico em janeiro. A decisão será presidencial. O que quer dizer que vice-presidentes e eventuais consultores podem até dar pitaco, mas o martelo é de Ednaldo.

Campeão do mundo como jogador em 2002, Juninho Paulista sentou-se na mesa da entrevista ao lado de Tite, após a derrota nos pênaltis para a Croácia. Terminou sem participar da coletiva, mas antes de deixar o local respondeu que ainda não tinha informação sobre seu futuro.

Juninho foi contratado em abril de 2019 como diretor de desenvolvimento da CBF pelo ex-presidente Rogério Caboclo. Três meses depois, mudou de cargo e passou a trabalhar com Tite após a saída do então coordenador Edu Gaspar, que aceitou proposta para ser executivo do Arsenal, da Inglaterra.

Eleito presidente da CBF em maio deste ano, Ednaldo Rodrigues fez mudanças em boa parte das diretorias da confederação. Agora, depois da Copa, embora não fale publicamente sobre esse assunto, a tendência é de seguir o curso também na Seleção, com a saída de Juninho Paulista.

O presidente da CBF promoveu economia em alguns setores da entidade e isso deve acontecer também na seleção masculina, que foi ao Catar com delegação de mais de 70 pessoas entre atletas e funcionários.