Acusados de integrar facção criminosa são condenados a 400 anos de prisão em penas somadas

785
Acusados de integrar facção criminosa são condenados a 400 anos de prisão em penas somadas

Penas a 32 réus foram aplicadas pela juíza titular da 5ª Vara Criminal de São José do Rio Preto (SP), Gláucia Vespoli dos Santos. Réus foram presos durante a Operação Octopus, deflagrada em setembro de 2018.

A juíza titular da 5ª Vara Criminal de São José do Rio Preto (SP), Gláucia Vespoli dos Santos, condenou 32 réus por associação ao tráfico de drogas e por integrar organização criminosa. Somadas, as penas aplicadas chegam a 400 anos de prisão.

Todos os condenados foram alvos da Operação Octopus, que foi deflagrada em setembro de 2018 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com a Polícia Militar.

De acordo com o Ministério Público (MP), a operação identificou 33 pessoas, entre mulheres e homens, que ocupavam posições de destaque na estrutura de uma organização criminosa conhecida por agir dentro e fora dos presídios.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado identificou logística de distribuição de grandes quantidades de droga, além de fontes de financiamento da organização criminosa e de seus responsáveis, impedindo a continuidade da obtenção de lucros.

A estrutura desmontada pela operação também identificou a existência de réus com poder de decisão, responsáveis pela realização de “tribunais do crime”, prática criminosa destinada ao “julgamento” e assassinato de pessoas sequestradas pelos integrantes da organização.

Entre os condenados estão mulheres que ocupavam funções centrais, sendo responsáveis pela comunicação entre os integrantes e pelo repasse de comunicados da cúpula da facção.

No decorrer das investigações, houve ainda apreensão de centenas de quilos de drogas, além de armas e milhares de reais e identificação da prática de diversos crimes graves, como roubos, tráfico de drogas e homicídios. Tais condutas são objeto de apuração em procedimentos apartados.

Ainda segundo o Ministério Público, a Operação Octopus, foi assim batizada por atingir os tentáculos da presença da organização criminosa na região. As investigações resultaram em dois processos, ambos perante a 5ª Vara Criminal de São José do Rio Preto. As sentenças condenatórias podem ser objeto de recurso.