Ação resgata 57 trabalhadores em situação análoga à escravidão em Ilha Solteira 

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Ação resgata 57 trabalhadores em situação análoga à escravidão em Ilha Solteira — Foto: Ministério do Trabalho/Divulgação

Entre os trabalhadores havia um adolescente de 15 anos. Todos trabalhavam sem vínculo empregatício e em condições precárias de trabalho.


Uma ação conjunta do Ministério do Trabalho (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública da União e Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgatou ao menos 57 trabalhadores em situação análoga à escravidão em uma fazenda de Ilha Solteira/SP.

O caso ocorreu na última quinta-feira (11.mai). Entre os trabalhadores, havia um adolescente de 15 anos. Todos trabalhavam há cerca de duas semanas no plantio de cana de açúcar, sem vínculo empregatício e em condições precárias.

Também foram resgatados seis indígenas do Mato Grosso do Sul e outras 10 pessoas que migraram do Maranhão e Alagoas.

De acordo com o MTE, os trabalhadores não contavam com nenhum tipo de instalação sanitária no local de trabalho e faziam refeições debaixo de sol, chuva ou apenas protegidos pela sombra de arbustos. O transporte também era feito por meio de ônibus sem autorização do órgão competente para circular.

Ainda segundo o MTE, 16 pessoas ficavam abrigadas em um alojamento, em precárias condições de habitação.

Segundo o Auditor Fiscal do Departamento de Combate ao Trabalho Escravo (Detrae), ligado ao MTE, Evandro Afonso de Mesquita, o dono da fazenda foi obrigado a fazer a quitação de todas as verbas rescisórias dos trabalhadores e ainda indenizar em R$ 4 mil cada trabalhador por dano moral.

Os trabalhadores migrantes e os indígenas voltaram às suas regiões de origem, às custas do fazendeiro.

O fazendeiro e o empreiteiro também estão sujeitos ao pagamento de multas que ainda serão definidas. Os investigados poderão responder a um processo criminal se forem denunciados pelo Ministério Público Federal.

*Com informações do g1