8 de maio – Dia Internacional do Câncer de Ovário

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8 de maio - Dia Internacional do Câncer de Ovário - Foto: Reprodução

Mulheres precisam conhecer o câncer de ovário e seus sintomas, pois seu diagnóstico é difícil, alerta cirurgião do Austa Hospital.


Quarta-feira, 8 de maio, é o Dia Internacional do Câncer de Ovário, uma doença silenciosa e que, normalmente, a mulher só descobre quando já está em estágio avançado e os sintomas começam a ser perceptíveis. Conhecer a doença é ainda mais importante porque não há um exame preventivo para o diagnóstico precoce do câncer de ovário, semelhante, por exemplo, ao Papanicolau para o câncer de colo uterino.

Com uma incidência de 6 mil novos casos por ano no Brasil e estimativas globais de até 300 mil novos casos anualmente, o câncer de ovário merece atenção. Embora seja um dos cânceres mais comuns entre as mulheres, muitas não estão cientes dos fatores de risco associados ao câncer de ovário. “Devido a estas características, a prevenção e a consulta médica regular tornam-se ainda mais cruciais”, afirma o médico cirurgião Guilherme Cucolicchio, do Austa Hospital.

Segundo o médico, mulheres na perimenopausa e pós-menopausa, e especialmente, as com histórico familiar de primeiro grau têm mais risco de desenvolver a doença. Ainda fatores como nuliparidade (mulher que nunca teve filhos), início da idade fértil tardia e histórico de outros cânceres ginecológicos também aumentam a probabilidade de desenvolvimento do tumor no ovário.

Dr. Guilherme Cucolicchio ressalta, assim, a importância da prevenção, que envolve adotar hábitos saudáveis, como cuidar da alimentação, praticar atividades físicas regularmente, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de buscar acompanhamento médico regular.

O cirurgião do Austa Hospital pontua também que, embora não seja possível prevenir todos os casos, a gravidez, a lactação, a menopausa precoce e o uso de contraceptivos hormonais estão associados ao menor risco. “Em mulheres com indicação de histerectomia por doença benigna, o cirurgião pode avaliar, juntamente com a paciente, realizar a remoção completa das tubas uterinas e ovários” relata o Dr. Guilherme Cucolicchio.

Para a paciente que apresenta as mutações nos genes BRCA, o médico tem a função de aconselhá-la quanto ao risco de desenvolvimento da doença e quanto à possibilidade da retirada das tubas e dos ovários (em caso de a idade estar entre 40 e 45 anos), agindo de forma preventiva. No caso da síndrome de Lynch, a retirada do útero pode ser indicada por volta dos 40 anos, diminuindo em 70% o risco da doença.

É fundamental conhecer os sintomas do câncer do ovário, como aumento do volume abdominal, dificuldade de comer, sensação de saciedade precoce, dor abdominal, pélvica ou lombar e urgência urinária frequente. A mulher deve procurar seu médico se constatá-los na maioria dos dias durante três semanas seguidas.