10 de novembro é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez

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Otorrinolaringologista Dr. Adriano Guimarães Reis, do Austa Hospital, de Rio Preto - Foto: Reprodução

Teste da orelhinha, após o nascimento, é fundamental para realizar a triagem auditiva neonatal, destaca otorrino do Austa Hospital.


Em um grupo de 20 pessoas, ao menos uma não ouve bem ou é surda. É para estes ao menos 10 milhões de brasileiros que é dedicada esta sexta-feira, Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, data que tem por objetivo a educação, conscientização e prevenção para os problemas advindos dela.

Vários fatores podem levar à perda auditiva, explica o otorrinolaringologista Dr. Adriano Guimarães Reis, do Austa Hospital, de Rio Preto. A surdez de condução, provocada pelo acúmulo de cera de ouvido, infecções (otite) ou imobilização de um ou mais ossos do ouvido. O tratamento é feito com medicamentos ou cirurgias. E existe a surdez que pode acometer a cóclea ou nervo auditivo, desencadeada por viroses, meningites, uso de certos medicamentos ou drogas, propensão genética, exposição ao ruído de alta intensidade, presbiacusia (perda da audição provocada pela idade), traumas na cabeça, defeitos congênitos, alergias, problemas metabólicos, tumores. O tratamento, de acordo com cada caso, é feito com medicamentos, cirurgias próteses auditivas implantáveis, ou uso de aparelho de ampliação sonora.

Segundo o otorrino do Austa Hospital, a atenção deve ser redobrada quando o nascimento é prematuro, pois esta condição aumenta o risco de perda auditiva. “Os responsáveis devem solicitar sempre que faça o teste da orelhinha, exame que permite auxiliar na triagem para detectar a presença de anormalidades auditivas na audição do bebê”, orienta Dr. Adriano Reis.

Segundo o médico, outros fatores que podem culminar em problemas relacionados à audição são o uso de antibióticos ototóxicos ao ouvido e de diuréticos no berçário, infecções congênitas, principalmente, sífilis, toxoplasmose e rubéola. “Se a gestante tem uma destas doenças, os cuidados devem ser redobrados com relação à audição do bebê”, pontua o otorrino.

Por isso, é necessária a orientação médica pré-natal. Mulheres devem tomar a vacina contra a rubéola antes da adolescência, para que durante a gravidez estejam protegidas.
Um sintoma clássico que revela possível deficiência auditiva ou surdez é o atraso no desenvolvimento da fala. “Se for percebida esta condição, a criança deve ser levada o quanto antes ao otorrino”, orienta Dr. Adriano.

Ao longo da vida, situações e problemas de saúde podem causar a surdez. “São viroses, outras doenças infecciosas do ouvido e doenças autoimunes. Já, a partir dos 65 anos, a pessoa pode perder audição, a chamada presbiacusia”, pontua o otorrino do Austa Hospital.

Os ruídos ambientais também são fator que causa bastante perda de audição no mundo. “Muita gente não percebe que está ficando surda e demora para procurar o médico”, salienta Dr. Adriano.

Na maioria das vezes, é possível reverter o estado de surdez com tratamento e até cirurgias como do implante coclear, próteses de condução óssea ou o uso dos aparelhos auditivos.