O tema gerou debates acalorados na 13ª sessão ordinária da Câmara; pedido de vista adia a votação por até 15 dias. Atualmente os votuporanguenses pagam R$ 3,15 no transporte coletivo, porém, sem o subsídio da Prefeitura o custo seria de R$ 11,26.
A 13ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Votuporanga/SP, na noite desta segunda-feira (15.abr), teve pauta cheia, porém, à votação sobre o projeto que busca ‘frear’ o aumento no preço das passagens do transporte coletivo no município gerou discussões acaloradas, e em meio aos debates, os vereadores estavam propensos a rejeitar a proposta, no entanto, um pedido de vista sugerido por Emerson Pereira (PSD) adiou a discussão por pelo menos 14 dias.
De acordo com o projeto enviado à Câmara, a aprovação resultaria no aumento do valor do subsídio pago pela Prefeitura ao Expresso Itamarati – empresa responsável pela concessão da “circular” no município – para evitar que os votuporanguenses que utilizam o serviço paguem mais caro pelos bilhetes. Na prática, os usuários desembolsam R$ 3,15 no transporte coletivo, no entanto, pagariam R$ 11,26 se não fosse o subsídio bancado pelos cofres do município.
No Plenário Dr. Octavio Viscardi o assunto rendeu e muito, inclusive, com vereadores declarando votos em contrário, como por exemplo: Osmair Ferrari (PL), Mehde Meidão (PSD), Serginho da Farmácia (PP), entre outros. Os parlamentares questionaram a nova tentativa de aumento nas passagens, sendo que o serviço, na opinião deles e de usuários, estaria deixando a desejar no município.
Em dado momento, vereadores fizeram comparações dos preços das passagens cobradas em outras cidades da região e até no Estado, apontando que o transporte coletivo de Votuporanga seria então o mais caro do Brasil.
Por sua vez, Serginho da Farmácia detalhou: “Sempre defendi que a Prefeitura assumisse o transporte público. Pelo que vi no projeto, o impacto orçamentário é de R$1,8 milhão em 2024, R$2,6 milhões em 2025 e mais R$2,7 milhões para 2026, isso dá um valor de R$ 7,1 milhões. Acho que chegou a hora do prefeito rever essa situação e com esse dinheiro comprar micro-ônibus e assumir o transporte com ar-condicionado e tudo para melhorar a qualidade de vida de quem usa e com um custo bem menor do que esse. Voto contra e se a Prefeitura não tem o dinheiro para comprar esses micro-ônibus, que faça um financiamento para colocarmos um transporte de qualidade.”
A fala foi acompanhada por Mehde Meidão que seguiu na mesma linha, inclusive, sugerindo que encabeçaria a vinda de uma outra empresa com custos menores para o município.
Na defesa do projeto, Jura (PSB) e Sueli Friósi (PP) subiram à tribuna e discursaram reconhecendo que o custo de fato é elevado para os cofres do município, no entanto, relembraram a falta de interessados nas últimas concorrências para gerir o transporte público em Votuporanga, e que, sem a aprovação da iniciativa um haveria um risco real dos votuporanguenses ficarem sem o serviço.