Eu, como médico psiquiatra, avalio a história da pessoa, os motivos que geram a ansiedade, se é aguda ou crônica, se gera estress, se geram psicossomatizacoes, hipertensão , insônia , aumento ou perda do apetite , por exemplo. Daí são instituídas as medicações necessárias para o reequilíbrio homeostatico fisio-psíquico – social – espiritual. As medicações são as mais variadas possíveis dependendo dos sintomas Já na psicologia há um texto do psicólogo Eurico Aldo dos Santos, psicanalista, que atende particular e convênios, muito bom que gostaria de repartir com os leitores. Diz assim “ A ansiedade surge nos contextos atuais como um efeito colateral da urgência das demandas levantadas por nós. A aceleração do tempo, as demandas incessantes e a pressão por produtividade exacerbada, configuram um cenário propício para o surgimento de angústias e inquietações Freud, em “ Mal estar na Civilização”, já apontava para conflitos inerentes a vida em sociedade onde a repressão dos instintos e a busca por segurança geram estado de insatisfação e tensão Freud descreveu que para um bom funcionamento social, nossos desejos individuais devem ser suprimidos em prol do social gerando desconforto Comportamentos vigilantes , redes sociais e busca por alto desempenho exacerbam sensação de inadequação e fracasso Devemos então olhar para além dos sintomas e investigar os conflitos geradores, pois causam sofrimento e angústia diante das exigências Uma das possíveis saídas para a ansiedade seria a desaceleração ,conexão íntima com o Eu e não ficarmos focados apenas em sua eliminação E necessário olhar crítico e humanizado que facilite a expressão autêntica dos desejos”
*Dr. José Rubens Naime