No Dia da Educação, especialista comenta os desafios e os caminhos para uma escola que valorize o desenvolvimento pleno dos estudantes, para além da sala de aula
O Censo Escolar 2024, divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), aponta dois movimentos que merecem atenção: a queda no número de matrículas na educação básica e a expansão do ensino em tempo integral. Esses dados refletem a urgência de uma nova abordagem educacional, mais conectada com as necessidades reais dos estudantes e com as transformações da sociedade.
O Dia da Educação, celebrado em 28 de abril, é um convite à reflexão sobre o papel da escola na formação de sujeitos completos, capazes de atuar com autonomia, empatia e responsabilidade no mundo contemporâneo.
“Nos últimos anos, a escola precisou se reinventar. O ensino híbrido, as reformas curriculares e as novas exigências das famílias e da sociedade nos desafiaram a olhar para a educação com mais profundidade. Hoje, mais do que resultados acadêmicos, as famílias buscam escolas que formem seres humanos preparados para viver em comunidade”, afirma Renato Gurgel, Coordenador Geral no Colégio Guilherme Dumont Villares (GDV).
Nesse contexto, a educação integral se fortalece como um caminho promissor. Mais do que ampliar a carga horária, ela amplia o sentido da escola: forma alunos que aprendem com intencionalidade, mas também convivem, praticam esportes, desenvolvem a criatividade e aprendem a lidar com as próprias emoções. No Colégio GDV, por exemplo, projetos interdisciplinares, práticas esportivas e ações voltadas à convivência ética e cidadã são parte estruturante do currículo.
“As atividades físicas, a vivência artística e os momentos de socialização são tão importantes quanto o conteúdo programático. São eles que constroem vínculos, desenvolvem a autoconfiança e promovem o bem-estar dos alunos, contribuindo diretamente para a aprendizagem”, explica Renato.
A prática esportiva, em especial, tem mostrado resultados consistentes em aspectos como disciplina, cooperação e autoestima. Além disso, projetos de protagonismo estudantil, eventos culturais e ações de convivência criam um ambiente educativo mais saudável, onde os alunos se sentem pertencentes, acolhidos e motivados.
“Em um mundo em constante movimento, a missão da escola continua a mesma: educar com sentido, formar cidadãos conscientes e apoiar o desenvolvimento pleno de cada aluno. E isso só é possível quando olhamos para a educação de forma integral, valorizando o corpo, a mente e o coração”, conclui Renato Gurgel. |