Diomar Vieira, de 40 anos, executava manutenção de uma válvula que se rompeu, causando graves ferimentos; ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Entidade sindical pede investigação e aponta negligência por parte da empresa.
Um trabalhador, de 40 anos, morreu na manhã desta terça-feira (15.out), após sofrer graves ferimentos durante um serviço de manutenção de uma válvula na usina de açúcar e álcool, em Pontes Gestal/SP.
De acordo com o apurado, Diomar Vieira realizava o procedimento de manutenção em uma válvula, quando o equipamento se rompeu e a carga de vapor atingiu o trabalhador, causando graves ferimentos. Ele foi imediatamente socorrido e levado para o pronto-socorro da Santa Casa de Cardoso/SP, contudo, não resistiu e faleceu ao dar entrada no centro médico.
Em nota, a usina lamentou o acidente envolvendo o colaborador e afirmou que está “fornecendo suporte à família e apurando as causas do ocorrido.”
Ao Diário, Edivaldo Pereira, presidente do Stiapg (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Pontes Gestal), afirmou que o caso deve ser investigado e apontou para possível negligência por parte da empresa.
“Hoje é um dia triste. O sindicato está tomando as providências, inclusive, acionando o Ministério Público do Trabalho para que ocorra uma investigação detalhada desse acontecimento. Até porque, o próprio sindicato vem alertando sobre os problemas de segurança para a empresa há um bom tempo, e o tempo todo isso vem sendo negligenciado. Os nossos pedidos vêm na esteira de evitar acidentes e tragédias como está, a intenção não é outra coisa que não seja preservar vidas. Como foi lá atrás, quando da carreta que bateu na portaria e acabou por resultar na morte de um trabalhador terceirizado. Então, é desta forma, apesar da aparente cordialidade, todas as vezes que o sindicato alerta ou coloca alguma demanda para a empresa vê-se negligenciado. Como agora, por exemplo, o sindicato está tentando fazer contato com a empresa em todos os setores, em todos os lugares que é possível, para buscar o esclarecimento, para buscar o entendimento a respeito deste triste ocorrido, porém ninguém atende ou não se manifesta.”
Sobre as afirmações de Edivaldo Pereira, a reportagem tentou contactar a usina, porém não obteve sucesso.
Diomar Vieira, popularmente chamado de ‘Pickachu’ e ‘Lagoinha’, morava em Cardoso, onde era conhecido por sua alegria, religiosidade, e por ser bastante ativo na vida social da comunidade, inclusive, deixando vasto círculo de amizade, além de seus familiares.
Até o fechamento desta matéria não havia informações sobre o horário de velório e sepultamento.
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