Sucuri de aproximadamente 8 metros é flagrada em represa no Parque da Cultura 

13841

Serpente que não possui veneno já foi vista diversas vezes pelo local ao longo dos anos; biólogo diz que sucuri não ataca humanos adultos, mas pode oferecer riscos para crianças e animais pequenos.


Um frequentador do Parque da Cultura, no bairro Jardim Alvorada, em Votuporanga/SP, passava distraído pelo local no início da tarde desta quarta-feira (5), quando observou o movimento das águas da represa e logo apareceu uma sucuri, que segundo ele, mede aproximadamente 8 metros de comprimento.

Não é a primeira vez que o animal dá o ar da graça em um dos principais cartões postais do município; matéria do Diário de Votuporanga, de março do ano passado, já trazia o depoimento de uma jovem que flagrou a serpente pelo local durante à noite. 

O biólogo Bruno Benhocci, consultado pela reportagem, afirmou que o animal não possui veneno, mas que mata por constrição, apertando suas caças até a morte. “A sucuri possui uma força muscular tremenda, porém, não possui peçonha, que seria o veneno; então, ela vai apertando suas presas até a morte e depois de comer, repousa por um período enquanto faz digestão”.  

Benhocci, explicou que o animal não possui hábito de atacar humanos adultos, mas que pode oferecer riscos para crianças e pequenos animais como os cães, por exemplo: “Esse tipo de cobra se alimenta de mamíferos, peixes, roedores, enfim, animais em tamanho que ela perceba ser possível abater facilmente. Contudo, é importante explicar que nós, seres humanos, não fazemos parte do ‘cardápio’ das sucuris, podem ocorrer ataques sim, geralmente como método de defesa do animal”. 

Perguntado sobre um possível manejo ou retirada da cobra para outra localidade, fora do perímetro urbano, o biólogo explicou que existe a possibilidade, desde que em ambiente natural que ofereça condições para ela possa sobreviver. “É importante oferecer condições semelhantes ao habitat natural dela, geralmente próximo de água, área de mata, onde ela possa coexistir no novo ambiente”, afirmou Benhocci. 

A reportagem tentou contato com a Polícia Militar Ambiental de Votuporanga, mas até o fechamento da reportagem não havia conseguido um retorno. 

A orientação geral para esse tipo de “encontro” inesperado com uma serpente, é que normalmente, as cobras só atacam seres humanos quando se sentem ameaçadas. Por isso, ao avistar uma cobra não pense duas vezes, desvie do caminho dela, deixando-a seguir o caminho enquanto você o seu.