SP começa a aplicar dose de reforço da vacina contra Covid no dia 6 de setembro em idosos com mais de 60 anos 

851

Imunização será destinada à população dessa faixa de idade que tomou segunda dose há seis meses e usará vacina que estiver disponível nos postos. Ministério da Saúde anunciou nesta quarta (25) que a dose de reforço contra a Covid-19 começará a ser aplicada a partir de 15 de setembro em idosos com mais de 70 anos e imunossuprimidos.


O governo de São Paulo disse nesta quarta-feira (25) que vai começar a aplicar a dose de reforço da vacina contra o coronavírus no dia 6 de setembro nos idosos acima de 60 anos do estado.

“Desde a semana passada, o comitê vem discutindo com a área da saúde do governo de São Paulo e também com o comitê do Programa Estadual de Imunização (PEI), a proteção das pessoas com mais idade, com mais de 60 anos, e essa decisão foi finalizada hoje pela manhã e para aumentar a proteção do público com mais de 60 anos, suscetíveis, portanto, aos efeitos da Covid-19”, afirmou o governador João Doria (PSDB) em coletiva de imprensa no início da tarde. 

Ainda de acordo com a gestão estadual, a imunização será destinada à população dessa faixa de idade que tomou a segunda dose há seis meses. 

“As pessoas acima de 60 anos que serão vacinadas são aquelas que já completaram 6 meses da segunda dose. Se mesmo tendo mais de 60 anos, se a segunda dose ocorreu a menos de 6 meses, ela deverá aguardar até completar os 6 meses. Isso é uma questão técnica, porque é a partir do 6º mês que há possibilidade de uma queda na imunidade, antes disso não teria sentido”, explicou o secretário-executivo do Comitê Cientifico paulista, João Gabbardo. 

O grupo será imunizado com a marca da vacina que estiver disponível nos postos. 

“Em relação à marca da vacina, o posicionamento do Comitê Científico é que essa terceira dose ou a dose adicional pode ser utilizada com a vacina que nós tivermos disponível. Lembro também que quando chegar a vez da Janssen, que também é dose única, haverá uma dose de reforço para quem tomou Janssen. Então, a vacina, o fabricante, vai ficar de acordo com a disponibilidade”, completou Gabbardo. 

Segundo os especialistas, há uma diferença entre terceira dose e dose de reforço. Eles chamam de terceira dose, a dose necessária para completar o esquema vacinal, para atingir a proteção desejada. E chamam de dose de reforço aquela que vai fazer a manutenção do nível de anticorpos. 

Pelo calendário nacional, a dose de reforço começa a ser aplicada para população acima de 80 anos e pessoas imunossuprimidas a partir do dia 15 de setembro. 

A gestão estadual disse que ainda não definiu como será feita a aplicação da dose de reforço na população imunossuprimida. 

O governador João Doria defendeu que a antecipação da data já era discutida pelo Programa Estadual de Imunização e defendida pelo grupo de médicos e cientistas responsável pela condução da crise da Covid-19 no estado. 

Segundo João Gabbardo, a medida foi tomada para conter o avanço da variante Delta. 

O governo ainda divulgará as datas do programa e o calendário de escalonamento por faixas-etárias. 

“Esse escalonamento vai obedecer aos mesmos critérios do início da vacinação, começaremos com as faixas etárias mais altas, pessoas acima de 90 anos, depois vai baixando, e o cronograma vai sendo estabelecido de acordo com os cálculos de disponibilidade da vacina que o nosso pessoal da Secretaria da Saúde ainda fará os cálculos para poder tornar público como será o cronograma, com que velocidade essas pessoas serão vacinadas”, explicou o secretário-executivo.

CoronaVac 

Na manhã desta quarta (25), o diretor do Butantan, Dimas Covas, disse que o instituto está preparado para uma eventual necessidade de o país aplicar uma terceira dose da CoronaVac na população idosa. 

“O Butantan está preparado para, sim, fornecer a terceira dose”, afirmou o diretor. 

Segundo o diretor, o Instituto tem, além das doses que serão destinadas a finalizar o contrato de 54 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde, mais 26 milhões em processamento. 

Um estudo conjunto realizado pelo Instituto do Coração (InCor) e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) recomendou a terceira dose de vacina contra a Covid-19 para indivíduos com 55 anos de idade ou mais que foram imunizados com CoronaVac. 

A dose de reforço também é defendida pela Anvisa.

*Informações/G1