O SENHOR É MEU PASTOR, E ME FALTARÃO COISAS SIM…
O Senhor é meu Pastor, e me faltarão muitas coisas sim.
Gente, esses dias entrei na casa de um conhecido, e de cara vi ali, uma Bíblia, aberta, advinha, no salmo 22…exatamente, com o tal: “O Senhor é Meu Pastor, nada me faltará…”
A página estava até meio amarelada, sinal que estava há muito tempo aberta naquela mesma página.
Sobre essa passagem, eu imagino que muitas pessoas pensam: “Ah se está escrito isso, vou deixar aberto aqui, vai me ajudar a não me faltar nada.”
Olha, vai faltar sim. Pode faltar dinheiro, tempo, saúde, e até pessoas.
Então a Bíblia estaria errada?
Não, o que está errado é imaginar que tudo será mil maravilhas em nossa vida, que nada nos faltará. Mas não, vai além, é ter a certeza, de que mesmo faltando, a presença divina alimentada pela fé, irá suprir, ou me fará entender a falta.
A PROVA SURPRESA CHEGA
Na escola normalmente a professora marcava as provas com antecedência, tipo, uma prova na sexta-feira de manhã, a maioria deixava para estudar na quinta à noite, ou até acordava mais cedo na sexta mesmo para estudar.
Olha, deixar as coisas para a última hora, é um costume que pode fazer nosso inconsciente sustentar a ideia, de que o certo só deve ser feito quando somos colocados a prova, quando estamos na eminência de ser avaliado pelo outro.
Tem uma música do Capital Inicial que diz: “O que você faz quando ninguém te vê?”
Consegue responder? Você faz mesmo o possível para tirar 10?
Olha, a prova mais importante da nossa vida, será no final de tudo com a morte, e ninguém sabe o dia nem a hora que o professor lá de cima vai marcar, e será a tal da prova surpresa, convém estar continuamente preparado.
E VOCÊ AÍ SE ACHANDO O BOM
Quais seriam seus critérios para definir uma pessoa boa?
Ah ele faz caridade, ele ajuda o próximo.
Também, mas esse é um critério social de bondade, não penso que seja a bondade plena.
Mas existe um outro equívoco sobre bondade, e talvez o mais perigoso, é imaginar assim: “Ah fulano é muito bom, ele aceita as pessoas como são.”
Esse é sim um dos critérios mais perigosos, e pior, é muito usado por religiões, com o discurso: “Ah é Deus bom, e aceita todos como são.”
Mas isso não é verdade, Deus recebe todos como estão, mas não aceita como estão, justamente para mudá-lo, pra que morra o homem velho e nasça homem novo.
Deus não é bom só porque te aceita, mas porque te transforma, e esse para mim é o ápice da bondade, ter a ousadia de se colocar a disposição para mudar a realidade vivida pelo outro.
A SANTIDADE NO ORDINÁRIO
Gosto muito, aliás te recomendo que você conheça as histórias de vida, a biografia dos Santos da Igreja Católica.
São lições de vida fantásticas, testemunhos capazes de mudar tua forma de pensar a vida.
Acontece que não podemos nos esbarrar numa pretensão, vamos dizer assim, de imaginar, que Deus tem para mim ou para você, um chamado igual a São Francisco de Assis, Padre Pio, por exemplo, cheios de experiencias místicas, com os estigmas, milagres.
Não necessariamente, talvez Deus tenha te chamado para experiências normais, corriqueiras, mas isso não quer dizer que somos menos espirituais, mas que nosso desafio é manter a fé, viver a palavra, dentro do ordinário, às vezes sem sentir nada do extraordinário, mesmo assim, prosseguir e decididamente.
ENSINE A DESCER NO LUGAR CERTO
Eu vejo muitos pais, que acham que terão sempre a certeza daquilo que imaginam ser o melhor para seus filhos, veja que antigamente os pais até escolhiam os maridos para as suas filhas.
Essa preocupação em sempre decidir pelos filhos, pode estar criando uma geração de marmanjos inseguros, sem capacidade de decisão, que começam duas, três, faculdades, não terminam nenhuma, enfim, não sabem o que querem.
Particularmente, penso que os pais, devem ser como o motorista do ônibus na viagem da vida dos filhos, e o papel do motorista é conduzir pela estrada certa, com segurança, sabendo que vai chegar sim o momento de o filho descer.
Nessa hora sem sempre os pais não irão decidir onde descerão, mas se vocês pais, estiverem dirigindo pela estrada certa, seja lá aonde for que eles desçam, será o certo.
Por Carlinhos Marques
Presidente Fundador do INSTITUTO NOVO SINAI, que acolhe dependentes químicos desde 2005 de forma voluntária e gratuita, idealizador do projeto “Sobriedade Já”
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