GUARDO OU DISTRIBUO
Alguém que passou fome quando criança, e depois de adulto tem uma vida estável, pode reagir de forma oposta diante dessa sua dispensa cheia.
Primeira: pode pensar assim: Nossa, passei tanta fome na vida, é muito difícil estar com fome, vou guardar tudo que eu puder, vai que um dia falte comida pra mim novamente.
Ou pode agir assim: nossa passei tanta fome na vida, e vi o quanto é difícil não ter o que comer, vou ser o mais solidário possível, procurar quem estiver com fome doar o que eu puder, e até fazer campanhas para arrecadar.
Falei aqui sobre a fome, mas vale pra outras carências da nossa infância, que nos deixaram vazios, e hoje nem a dispensa, nem o guarda roupa, nem o bolso cheio, conseguem preencher, mas tente preencher com solidariedade, ela consegue sim.
AH, EU MEREÇO MAIS
Existe uma coisa muito perigosa pra mim, pra você, pra nós: É quando a gente olha pra nós mesmo e pensamos assim: Ah eu mereço mais.
Longe de querer sessar aqui todo desejo de progresso, de atingir metas, mas a parábola do filho prodigo fala sobre isso.
De repente a casa do pai não serve mais, a comida boa perdeu o sabor, e vem a ilusão de que o que é bom mesmo, tá lá fora.
A insatisfação que leva ao consumismo, tem consumido pessoas, porque a insatisfação sempre faz promessas que normalmente não cumpre, e dá esperanças de coisas que não chegam, e quando chegam, normalmente perdem o sentido depois da festa da conquista.
Gente, a insatisfação contínua em se buscar por aquilo que não se tem, é a prova mais clara de nossa falta de gratidão por aquilo que temos.
PREÇO E VALOR
É impressionante a facilidade que a gente descobre o preço das coisas hoje em dia né, é só fazer uma busca na internet, e já se sabe onde tem um produto mais barato, onde está em promoção.
Acho que o avanço tecnológico, ajudou descobrir preço das coisas, mas dificultou se descobrir o valor das coisas, e o pior, o valor das pessoas também.
Tem um ditado que a gente ouvia desde pequeno, que antes sozinho do que mal acompanhado.
Mas as vezes o medo da solidão, ou a informação distorcida, faz a gente estar com companhias que não sabemos certo o valor, o que pode diminuir o nosso valor.
Cuidado aí, porque ainda tá valendo um outro ditado, antigo e verdadeiro: me diga com quem andas que digo quem tu és.
O BARCO É MEU, FAÇO O QUE QUISER
Imagine você num barco, com o dono do barco, e do nada ele resolve afundar esse barco, ele tem direito só porque o barco é dele?
Não né, nenhum direito sobrepõe o direito à vida.
Mas existem convicções de alguns, que se acham donos do barco, que podem, e vou citar só dois casos polêmicos: aborto e pena de morte. Normalmente quem é a favor de um, é a favor do outro, Coincidência? Não, talvez os que defendem pena de morte, imaginam: ah se a mãe desse aí tivesse abortado…
E os que defendem o aborto talvez pensem, melhor matar agora, tem tudo pra se tornar um bandido depois.
Olha, Deus é o dono da vida, desde a concepção até a morte natural, Ele sim é o dono do barco.
FOLHAS E GALHOS NÃO SÃO RAIZES…
Esses dias um vento forte arrancou uma arvore na comunidade, com raiz e tudo, fiquei pensando, as pessoas que a gente convive são como arvores, existem as folhas, galhos e raízes.
As folhas, até fazem sombras, mas na seca, ficam ralas e somem.
Os galhos, são mais fortes, mas não dá pra contar sempre com eles, também secam, e se são dias que se sentem mais pesados, podem quebrar.
E existem as raízes, essas são profundas, normalmente ficam escondidas, mas te sustentam, dão suporte, e te mantem vivo, mesmo com vento forte e com a seca.
Nós precisamos das folhas, dos galhos, o problema é que as vezes, a gente se decepciona com eles, mas é porque nós esperamos que pessoas galhos e folhas, sejam raízes, mas não são.
Por: Carlinhos Marques
Presidente Fundador Instituto Novo Sinai, idealizador projeto “Sobriedade Já”
@novosinai
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www.novosinai.org.br
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