Servidores do INSS entram em greve por melhores salários 

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Servidores do INSS entram em greve por melhores salários - Foto: Reprodução

Paralisação deve afetar a concessão de aposentadorias e análises de seguro-desemprego.


Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) decidiram iniciar greve, em todo o País, a partir desta quarta-feira (10.jul). A paralisação irá afetar tanto quem trabalha de forma presencial, nas agências da Previdência Social, quanto os que estão em home office.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP), ainda não há um balanço da adesão. A paralisação deve afetar a concessão de aposentadorias e análises de seguro-desemprego e auxílio-doença.

O governo teme que a greve prejudique a operação pente-fino, que pretende verificar quais segurados não precisam mais do benefício que recebem, o que traria economia de R$ 26 bilhões em despesas obrigatórias, anunciada na semana passada. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o governo já negocia com a categoria.

Os servidores do INSS pedem reajuste salarial e valorização profissional. Eles devem realizar uma nova assembleia nesta sexta-feira (12).

Outra convocação 

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social marcaram para entrar em greve por tempo indeterminado, a partir da próxima terça-feira (16). Esse movimento, convocado pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps), comunicou por ofício à ministra de Gestão e Inovação, Esther Dweck, e ao presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, sobre a paralisação da categoria em todo o país. 

No documento, a entidade de classe, informa que “após análise das propostas apresentadas pelo governo, entenderam que a negociação teve poucos avanços”. O texto diz ainda que [o governo] em vez de apresentar de proposta nova que fortaleça a carreira do Seguro Social, piora com o alongamento da carreira de 17 para 20 níveis e pela criação de gratificação de atividade”. A proposta é muito aquém das perdas salariais da categoria que superam os 53% no último período. A entidade enumera também que o acordo da greve de 2022 até agora não foi cumprido pelo governo. 

A Fenasps explica que no dia 31 deste mês, encerra o prazo para o INSS se adequar a Instrução Normativa 24 (IN24), que transforma os atuais programas de Gestão, em Programas de Gestão e Desempenho, o que significa uma piora na pressão para cumprimento de metas e a possibilidade de desconto de salário no caso das metas não serem atingidas, bem como a abertura de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra os servidores. 

A entidade convoca a categoria a participar das assembleias estaduais para definir os rumos do movimento.