Seleção brasileira é a única sempre presente entre cabeças de chave da Copa do Mundo 

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O capitão do Penta Cafu tira o Brasil no sorteio: Seleção pega Sérvia, Suíça e Camarões na fase de grupos da Copa do Mundo — Foto: Shaun Botterill/Getty Images

Prática de separar países por critério esportivo no sorteio vem desde a edição inaugural, em 1930.


Único país presente em todas as Copas do Mundo e maior vencedor, com cinco títulos, o Brasil ostenta também outro símbolo do seu prestígio: somente a seleção brasileira esteve sempre presente entre as cabeças de chave da competição, em qualquer formato já disputado.

Na próxima sexta-feira, em Washington, a Fifa vai realizar o maior sorteio de grupos da história da Copa do Mundo: as 48 participantes serão divididas, pela primeira vez, em 12 chaves. Quinto no ranking da Fifa, o Brasil, mantendo a tradição, será cabeça de chave pela 21ª vez em 23 Mundiais disputados – as edições da Suécia-1958 e México-1970 não tiveram esse tipo de ranqueamento no sorteio, com as seleções separadas nos potes de acordo com a região geográfica.

Primeira Copa já teve cabeças de chave

A prática de separar os participantes no sorteio por critério esportivo surgiu já na edição inaugural, em 1930, no Uruguai. E mesmo antes de se tornar dominante no cenário internacional, o Brasil já aparecia entre as principais forças, ao lado do país anfitrião, a vizinha Argentina e a surpreendente seleção dos Estados Unidos, escolhida como cabeça de chave no primeiro Mundial por já possuir um campeonato profissional.

As duas edições seguintes – Itália-1934 e França-1938 – já começaram no sistema mata-mata, mas mesmo assim houve cabeças de chave no sorteio dos confrontos. Tchecoslováquia e Hungria, que estavam entre as grandes forças do futebol da época, foram cabeças de chave nos dois Mundiais. A seleção tcheca foi vice-campeã em 1934, e os húngaros ficaram em segundo quatro anos depois.

A escolha dos cabeças de chave retrata as mudanças na relação de forças do futebol mundial. Além do intocável Brasil, poucas seleções estiveram quase permanentemente entre as cabeças de chave, com destaque para Alemanha, Itália e Argentina.

Nas Copas da Suécia-1958 e México-1970, não houve cabeças de chave. Os potes do sorteio foram divididos por região geográfica.

Ausente apenas de duas Copas (1930 e 1950), a tetracampeã Alemanha foi cabeça de chave em 17 ocasiões – as exceções foram na Suíça-1954 e no Chile-1962. Já a Inglaterra tem 16 participações em Copas e foi cabeça de chave nove vezes. A Argentina esteve 14 vezes no famoso Pote 1, mas curiosamente não estava nessa condição quando conquistou seu bicampeonato, na Copa do México-1986 – acabou caindo na chave da Itália, campeã anterior.

*Com informações do ge