Secretaria da Cultura e Turismo realizará novas oficinas culturais on-line

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Poeta Carlos Assumpção. Fotos Ricardo Benichio

Parceria com Governo do Estado de São Paulo, Instituto Poiesis e Oficinas Culturais oferecerá seis cursos gratuitos; total somam 340 vagas.


A partir do dia 1º de junho, a Prefeitura de Votuporanga intermediará mais uma edição do “Oficinas Culturais – Formação para o Interior Edição Junho 2021”, realizado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura e Economia Criativa, Instituto Poiesis e Oficinas Culturais, em parceria com a Secretaria da Cultura e Turismo de Votuporanga.

Nessa edição, o participante terá um leque de opções para se inscrever como poesia, dança, literatura, expressão corporal, processo criativo e cultura indígena. Totalizando 340 vagas, as inscrições são limitadas e gratuitas e deverão ser feitas em link específico. As aulas serão ao vivo pela plataforma Zoom.

Bate papo com o poeta Carlos de Assumpção: Com o que sonham os poetas?

Sob coordenação de Carlos de Assumpção, mediação de Felínio Freitas e com 100 vagas disponíveis até serem preenchidas, a oficina será realizada no dia 1º de junho, das 18h às 20h, a interessados com idade a partir de 16 anos. “O que move a escrita de um poeta de 93 anos?” A partir desse questionamento, o bate-papo abordará a trajetória, poesia, o processo criativo e as inspirações do poeta Carlos de Assumpção. Os poemas escritos por ele são “um testemunho poderoso sobre os tempos em que vivemos, um símbolo de luta contra o silenciamento e a opressão histórica”, como escreveu Alberto Pucheu, poeta e ensaísta brasileiro.

Nascido em 1927 na cidade de Tietê, interior paulista, Carlos de Assumpção é poeta e escreve desde os 14 anos de idade. Em 1982 teve seu primeiro livro publicado, “Protesto” e, nas décadas seguintes, lançou mais quatro volumes de poemas. Mas o reconhecimento de sua obra pelo grande público ocorreu somente no ano de 2020, a partir da publicação de uma reportagem no Caderno Ilustrada da Folha de S. Paulo e posteriormente também com a publicação do livro “Não pararei de gritar”, lançado pela Companhia das Letras.

Felínio Freitas é mestrando do Programa de Pós-Graduação em Artes, do Instituto de Artes da UNESP. Atua como educador e mediador de leitura para crianças, adolescentes e adultos. Na área literária, fez a curadoria de feiras, mesas, palestras e foi parecerista na área de literatura e artes em editais no Estado de São Paulo e outras regiões do Brasil.

Danças populares – catira, fandangos e suas peculiaridades

No dia 02 de junho, das 18h às 21h, Fernanda Colli irá refletir sobre dúvidas de danças populares, como catira e fandangos, abordando seus principais representantes e a grande contribuição histórica, rítmica e social para paulistas e paulistanos. O curso é destinado ao público em geral e disponibiliza 100 vagas até o preenchimento.

Fernanda Colli é nascida e criada em Araçatuba, interior de São Paulo. Catireira, integra o Grupo de Catira Novos Araçás, é coordenadora do projeto “Catira em Araçatuba”; presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais, representante da cultura popular, coordenadora de projetos do Centro de Tradições Culturais de Araçatuba; presidente da Comissão da Juventude da IOV Brasil – maior organização de cultura popular do mundo reconhecida pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

O inconsciente criativo – módulo 2

A proposta da palestra, que irá ocorrer nos dias 07, 09, 14 e 16 de junho, das 14h às 16h, e com 30 vagas abertas, é ampliar a leitura do processo de criação do ator e atriz, performer, dramaturgo(a), roteirista, diretor(a), entre outros profissionais de áreas afins por meio do estudo sobre a criatividade do inconsciente e a relação deste com a teoria de Carl Gustav Jung – fundador da psicologia analítica. Neste segundo módulo, o curso buscará correlacionar o estudo de três personagens com matrizes arquetípicas e mitos, ampliando as possibilidades da dramaturgia, atuação e encenação. As personagens escolhidas serão: ‘Salomé’ personagem do livro do autor Oscar Wilde, ‘Dora’ do filme “Central do Brasil” e mais uma escolhida pelos alunos.

O público-alvo são estudante de teatro, cinema, vídeo, artistas, educadores e profissionais de áreas afins. As inscrições encerram no dia 16 de maio. A coordenadora Patrícia ressalta que será encaminhado, antes do início da oficina, material para situar participantes que não estiveram no módulo 1.

Patricia Teixeira é atriz e professora de teatro com formação pela UNI-RIO e direção teatral pela Escola Célia Helena. Diretora da Cia. “Coexistir de Teatro”. Especialista no método Stanislavski de Teatro pelo GITS em Moscou. Psicóloga, especialista em abordagem junguiana pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Psicologia Clínica e doutoranda pela PUC-SP. Professora universitária da PUC e Unip. Coordenadora do eixo temático “Formação, técnicas e práticas do artista teatral e da Coleção Artes em Cena” e da coleção “Diálogos com a Psicologia Analítica”, ambos, da editora Paco. Coordenadora do projeto Teatro Intra-muros na Penitenciária Feminina da Capital de São Paulo desde 2008. Professora de teatro do projeto “Desenvolvendo Talentos” da Fundação Dorina Nowill para Cegos e em oficinas culturais da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.

Clube de leitura de dramaturgias

Nesta oficina, os participantes serão convidados à leitura de peças de teatro escritas por dramaturgas e dramaturgos brasileiros modernos e contemporâneos, com breve exposição sobre os autores e sua obra, seguido de bate-papo sobre impressões de leitura. Será ministrada nos dias 07, 10, 14, 17, 21, 24 e 28 de junho, das 18h às 20h, com inscrições até o dia 16 de maio e limitadas a 50 vagas. Poderão participar pessoas com idade a partir de 16 anos.

Tadeu Renato é graduado em Filosofia e atualmente estuda Artes Visuais. Dramaturgo, formou-se em 2011 no curso de Dramaturgia da SP Escola de Teatro. É autor de 15 textos encenados por diversos coletivos teatrais de São Paulo, Piracicaba e São José dos Campos. Em 2013 fez formação pelo Curso Livre de Formação de Escritores, da Casa das Rosas. Publicou o livro infantil Genésio: A Cobra Acrobática (Lamparina Luminosa), em parceria com Daniel Gatti; e o livro de poemas “Letras para melodias corporais”, pela Edições de Risco. Orienta projetos e oficinas de escrita criativa. Mantém o blog varandeando.blogspot.com.

Percepções corporais e criatividade através da dança

Com 30 vagas disponíveis até serem preenchidas, a oficina coordenada por Urubatan Miranda da Silva, será no dia 08 de junho, das 18h às 21h, e poderão participar pessoas com idade a partir de 16 anos, estudantes, artistas e interessados em geral. Nessa atividade, busca-se uma nova possibilidade de construção poética de movimento que entendemos que não ocorre a partir da diluição ou segmentação de nomenclaturas, mas da integração do potencial de cada participante envolvido nesse processo, viabilizando dessa forma a construção de um exercício criativo.

Urubatan Miranda é artista visual, pesquisador em dança e professor. Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Arte pela UERJ, Especialista em “Estudos Contemporâneos em Dança” pela Universidade Federal da Bahia – UFBA, Especialista em Ensino de Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos – UFSCAR e graduado em Licenciatura em Artes Visuais pela UNIFLU/FAFIC no Rio de Janeiro. Como intérprete/pesquisador, integrou a Dual Cena Contemporânea (SP), Cia Danças Claudia de Souza (SP), Cia Sansacroma (SP), Fragmento Cia de Dança (SP) e o Coletivo Intermitente Abismo de Sonhos (SP). Atualmente trabalha de maneira independente em plataformas de criação e residências artísticas atendendo a necessidade de se aprofundar como artista-pesquisador e de pensar ações artísticas e culturais.

Ancestralidade, narrativas e contemporaneidades indígenas

O workshop realizado por Kuawá Apurinā (Pietra Dolamita) será dividido em duas turmas, em dias diferentes. Nos dias 09 e 11 de junho, das 14h às 16h, será a Turma A e nos dias 16 e 18, das 10h às 12h, será a Turma B. As inscrições seguem até o dia 18 de maio e totalizam 30 vagas, destinadas a artistas, produtores e educadores(as) de escolas públicas (Artes e disciplinas afins), estudantes e pessoas acima de 16 anos interessadas na temática.

O curso vai fazer entender que desfazer as invenções e as inverdades passa necessariamente pelo reconhecimento de sua existência no interior da sociedade e na educação. Cabe, portanto, especialmente a(o)s Arte educador(a), reconhecer a dinâmica das mudanças sociais no tempo e no espaço, reconhecendo-se como parte integrante de um processo eficaz que exige que suas percepções e práticas sejam constantemente revistas e repensadas na contemporaneidade a sobre os Povos Indígenas do Brasil.

Kuawá Apurinā (Pietra Dolamita) é antropóloga e arte-educadora. Nasceu indígena da etnia Apurinã do Médio Purus (AM). Doutoranda em Antropologia na Universidade Federal Fluminense. Bacharela em Direito pela Universidade Católica de Pelotas (2004). Licenciada em Artes Visuais (2019) pela Universidade Federal de Pelotas. Mestra em Antropologia pela Universidade Federal de Pelotas (2018). Mestra em Educação e Tecnologia pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (2016). Membra fundadora do Instituto Pupykary do Povo Apurinã. Pesquisa: Mulheres Indígenas Kaiowá do Mato Grosso do Sul, Violências e Ancestralidades indígenas.