São Paulo divulga balanço com déficit em 2024 e dívida total de R$ 968 milhões 

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Julio Casares no Allianz Parque — Foto: Marcos Ribolli

Tricolor aponta, em documento publicado em seu site oficial, que 44% da dívida é de curto prazo.


São Paulo divulgou, nesta segunda-feira, seu balanço patrimonial referente a 2024. O documento, já aprovado pelo Conselho Deliberativo do clube, apresenta déficit de R$ 287.640.000,00 e dívida total de R$ 968.255.000,00.

O balanço mostra, também, que o São Paulo teve recorde de arrecadação. A receita total foi de R$ 731.898.000,00. Deste valor, R$ 234.974.000,00 foram arrecadados com marketing – quase R$ 100 milhões mais do que em 2023. O restante, 582.945.000,00, foi arrecadado com futebol – apenas R$ 93.370.000,00 deste valor chegou por venda de atletas. 

A previsão orçamentária do São Paulo já contava com déficit em 2024, mas não tão grande quanto os R$ 287.640.000,00 registrados. A projeção tricolor era de R$ 34.900.000,00 negativos no ano passado. No documento, que também foi apresentado ao Conselho Deliberativo, o clube atribui o resultado à falta de venda de atletas. 

O clube, diante do cenário, tem se movimentado para estancar sangramentos, diminuindo gastos e tentando ser mais certeiro no mercado. Uma das medidas foi a criação do fundo de investimentos para levantar R$ 240 milhões e quitar dívidas financeiras, que atrapalhavam o fluxo de caixa tricolor. 

De acordo com o documento, o São Paulo tinha, em 31 de dezembro de 2024, R$ 81.601.000,00 milhões investidos em seu fundo. 

Em entrevista recente ao ge, o superintendente geral do São Paulo, Márcio Carlomagno, admitiu que a situação está longe de ser das melhores. Ciente disso, o dirigente falou, também, sobre ações para conter a crise financeira, o que, na visão do clube, causou o déficit do ano passado, e como o Tricolor tem se preparado para o futuro. 

“Antecipávamos 100% dos contratos, muitas vezes, e pagávamos o débito do passado. Com o fundo, estamos fazendo diferente. Pegamos alguns ativos futuros, mas preservamos 40% no vencimento desses ativos, o que vai nos ensinar a fazer fluxo de caixa. É doloroso? É. É doído? É. Mas depende de muita gente mudar o “start” interno. Estamos conseguindo. Passo a passo.” 

*Com informações do ge