Santos mantém portas abertas para “arena de Neymar” e jogos em SP mesmo com nova Vila Belmiro 

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Marcelo Teixeira em audiência sobre a nova Vila Belmiro — Foto: José Edgar de Matos

Projeto do novo estádio na casa santista não inviabiliza outros, de acordo com Marcelo Teixeira; complexo capitaneado por Neymar Pai em Praia Grande pode receber partidas.


O Santos aguarda questões burocráticas para, no máximo em 60 dias, assinar o contrato com a WTorre para a construção da nova Vila Belmiro. Mesmo com o projeto do estádio remodelado, a atual diretoria não descarta levar a equipe para atuar em outros lugares depois do término da obra, com duração prevista para até 42 meses.

O presidente Marcelo Teixeira, que defendeu efusivamente o projeto da WTorre, deu aval para a construção de um estádio para até 25 mil pessoas na Praia Grande, em parceria com a NR Sports, de Neymar Pai, e o Grupo Peralta. Um projeto não inviabiliza o outro.

Até atuar em São Paulo, na Mercado Livre Arena Pacaembu ou nos estádios dos principais rivais, está dentro da pauta para o projeto do Santos a médio prazo. Não há portas fechadas com a modernização da casa santista.

O investimento para a construção da nova Vila Belmiro partirá de recursos do clube, com a venda de camarotes e cadeiras, e deve atingir R$ 600 milhões para viabilizar as obras. Só com a totalidade do valor é que o clube vai dar andamento ao processo de demolição da atual casa.

“Nenhum projeto inviabiliza o outro”, assegura o presidente Marcelo Teixeira.

“O Santos vai jogar na Vila Belmiro, vai jogar na Arena Mercado Livre Pacaembu. Vai jogar no Morumbi, no Allianz Parque e na Neo Química Arena? Vai jogar se precisar, mas não vamos depender mais como dependemos hoje. Não é possível no atual estado do futebol brasileiro o Santos continuar nesse ritmo e dependendo de clubes coirmãos”, disse o dirigente. 

A arena na Praia Grande é parte de um projeto capitaneado pelo pai de Neymar. O plano inclui levar a estrutura do time profissional para a cidade localizada a cerca de 15 km de Santos.

Em uma área de 90 mil m², o projeto contaria com cinco campos e três estruturas de hotel, além de uma arena para 25 mil pessoas. Dois desses campos e o hotel serão do clube, e os outros três campos ficam para a NR Sports, empresa da família de Neymar, e o Grupo Peralta.

“Vamos viabilizar a arena na Vila Belmiro como palco principal, e continuar viabilizando parcerias como em Praia Grande, em São Paulo. Problema algum desde que respeitando o número de jogos no contrato da Vila Belmiro. O Santos vai continuar jogando em outras praças”, completou Teixeira.

A construção da nova Vila Belmiro virou algo de brincadeiras entre Marcelo Teixeira e o pai de Neymar, que chamou o dirigente de “teimosinho” por insistir no projeto em parceria com a WTorre.

Nesta segunda-feira, o presidente santista exaltou o iminente acordo com a construtora para modernizar o espaço e ampliar a capacidade da casa do Peixe para 30 mil pessoas. 

“É inadmissível que um estádio da importância da Vila Belmiro estar no estágio que está. A Vila precisa ter investimento, conforto, segurança e garantias necessárias para continuarmos recebendo grandes públicos, e para a gente manter a chama viva que é o estádio do Santos”, discursou Teixeira, abrindo a audiência pública no salão de mármore da Vila Belmiro.

“O palco em que desfilaram Pelé e companhia continua sendo um palco de destaque para o cenário internacional. Temos que ter uma Vila moderna, que atenda às exigências das mais diversas autoridades. Temos que ter uma Vila Belmiro viva, forte e que continue sendo o orgulho de todos os santistas”, acrescentou, arrancando palmas de torcedores e moradores presentes.

*Com informações do ge