Santa Casa inova com cirurgia de ressincronizador cardíaco 

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Instituição realizou procedimento inédito na região em paciente com insuficiência cardíaca.


A Santa Casa de Votuporanga avançou ainda mais na assistência cardíaca, conquistando um patamar de destaque no cenário nacional. A Instituição realizou, nesta quinta-feira (25.nov), uma cirurgia inédita de marcapasso no feixe de Hiss na região Noroeste paulista.

O procedimento é minimamente invasivo e, embora novo, é utilizado em pelo menos 15 países. A cirurgia foi comandada pelo cirurgião cardíaco Dr. Paulo Henrique Husseini Botelho, acompanhado do clínico Jenner Luciano Lopes, e da anestesista Emilim Camila Brantis Dinardi.

Dr. Paulo Henrique deu detalhes da intervenção. “O principal objetivo no uso deste dispositivo é melhorar a eficiência das contrações do músculo cardíaco, visando recuperar a função do coração de bombear sangue adequadamente. Ele atua através de dois eletrodos localizados nas câmaras inferiores do seu coração (ventrículos), enviando pulsos elétricos para ajudá-las a bater de forma mais coordenada ou “sincronizada””, explicou. 

O maior desafio é a inovação da técnica. A cirurgia é realizada com anestesia geral e os eletrodos são implantados no coração, guiados pelo Raio-X. Alguns desses eletrodos (importados dos Estados Unidos) são implantados dentro de veias específicas do coração para melhorar o rendimento do músculo, sendo necessário um equipamento especial para este implante. 

O cirurgião cardíaco ressaltou os benefícios. “É emitido um estímulo ao coração que proporciona uma melhora na contratilidade muscular, aumenta a ‘força’ cardíaca, melhora o consumo de oxigênio e proporciona ao paciente melhora na qualidade de vida e na tolerância aos esforços”, complementou. 

O provedor da Santa Casa, Dr. Roberto Biazi, destacou o pioneirismo da cardiologia na Instituição. “Votuporanga e região merecem todo o pioneirismo e a tecnologia para o tratamento de arritmias e insuficiência cardíaca. Seguiremos lutando para oferecer o que existe de melhor para nossos pacientes, não mediremos esforços para trazer novas terapias”, finalizou.