Saiba os benefícios da acupuntura no tratamento de dores

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Fisioterapeuta do SanSaúde, Fábio Ferrari - Foto: Reprodução

Fisioterapeuta do SanSaúde, Fábio Ferrari, explicou mais sobre a modalidade terapêutica milenar.


Entre tantas novas tendências de tratamentos que surgem de tempos em tempos, é sempre bom poder contar com terapias que acompanham a humanidade há milênios. A acupuntura é uma delas. Esse método terapêutico surgiu há aproximadamente 5 mil anos no Oriente e consiste na inserção de agulhas em locais específicos do corpo, para melhorar sintomas de doenças e lesões diversas.

Os benefícios desta terapia já estão mais que comprovados. O fisioterapeuta pós-graduado em Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura do SanSaúde, Fábio Ferrari, falou mais sobre a acupuntura no tratamento de dores.

O que é

A acupuntura é uma modalidade terapêutica desenvolvida na China há mais de 5.000 anos. Ela se utiliza de agulhas, moxas (queima da erva artemísia produzindo calor local) e outros instrumentos para provocar a liberação de substâncias químicas do próprio organismo e, com isso, promover o tratamento necessário ao paciente. No Brasil,  foi introduzida pelos primeiros imigrantes de origem oriental (chineses e japoneses) entre o final do século 19 e no início do século 20.

Como toda técnica, é importante sempre buscar um profissional capacitado e habilitado para aplicar a Acupuntura.

Tratamento de dores

Fábio explicou que, por meio da inserção de agulhas na pele e tecidos, como os músculos, a acupuntura acessa terminações nervosas, chegando até o sistema nervoso central. “Com isso, inicia a liberação de algumas substâncias endógenas, provocando efeitos analgésico, anti-inflamatório e relaxante”, disse.

Quais doenças podem ser tratadas?

Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a acupuntura apresenta amplo campo de atuação, sendo utilizada, certamente, para o tratamento de muitas doenças, como dor lombar, na cervical e dores na coluna em geral, em ombro, inclusive tendinites e bursites, em joelhos, principalmente por osteoartrite ou osteoartrose de joelhos, depressão e ansiedade, insônia, Síndrome do Intestino Irritável, fibromialgia, gastrite, zumbido, bruxismo e Disfunção da ATM (articulação temporo-mandibular), Sequelas de AVC (acidente vascular cerebral) – ou derrame.

Periodicidade

O tratamento de acupuntura consiste de 5 a 10 sessões, que podem ser feitas uma ou duas vezes por semana. Em casos crônicos, pode ser realizado mais sessões. “O paciente pode “dar um descanso” e voltar para a acupuntura 6 meses ou um ano depois do primeiro tratamento para manutenção”, explicou o fisioterapeuta.

Em quanto tempo faz efeito?

A acupuntura é um estímulo para o nosso corpo, e em muitos casos tem efeito imediato de aliviar a dor e diminuir a ansiedade. Mas também tem efeitos a médio e longo prazo. “É importante o paciente fazer várias sessões semanais, em seguida, para obter os melhores resultados”, frisou.

Agulha ou grãos de mostarda

O especialista explicou que ambas as técnicas têm os mesmos princípios e estimulam os mesmos pontos. “As agulhas são inseridas tanto na orelha (pavilhão auricular) ou no corpo, o grão de mostarda ou esferas são usados na orelha e fixadas por uma pequena bandagem adesiva.  Dependendo da situação, são terapias que o acupunturista pode indicar e fazer”, disse.

Contraindicação

É importante procurar um especialista para orientar qual o melhor tratamento.

Idade

Ele disse ainda que é aconselhável fazer acupuntura a partir dos 8-10 anos de idade ou quando a criança consegue obedecer comandos e ficar parada sem se mexer por pelo menos 15 minutos. “Para crianças que têm medo de agulhas, podemos usar ventosa, laser, moxabustão e auriculoterapia, que funcionam também”, complementou.

Substituição de tratamento medicamentoso

Para o fisioterapeuta, a melhor estratégia é integrar as terapias para fazerem mais efeito juntas. “Recomendamos que não pare o uso de medicamentos sem a permissão do médico. A acupuntura pode ajudar a diminuir a dose de medicamentos para dor ou para depressão ou ansiedade, em alguns casos”, concluiu.