Como não se comover com a situação vivida hoje pelo povo gaúcho? Impossível não se abalar diante do sofrimento alheio, das vidas perdidas, dos sonhos inundados e dos olhares aflitos.
Eu confesso que não consigo assistir às gravações, vídeos e reels que circulam pelas redes sociais. Sinto meu coração doer e minha garganta fechar diante da impotência que toma meu corpo.
A cada reportagem, vemos o terror das águas invadirem casas, derrubar pontes e destruir cidades inteiras. A pergunta que fica é: isso poderia ter sido evitado?
Em 2022, durante uma audiência pública na Câmara Municipal de Pelotas/RS, um pesquisador alertou sobre a mudança no ciclo das chuvas e o perigo que diversas cidades estavam correndo. O detalhe do estudo está na possibilidade de situações como esta acontecerem em locais antes tidos como seguros. O que foi feito desde então? O cientista foi ouvido em suas ponderações?
O pior é saber que este não é um fato isolado. Em novembro do ano passado, a serra gaúcha sofreu do mesmo problema. Em dezembro de 2021, o Estado da Bahia sofreu com as tempestades e alagamentos. Deslizamentos atingem periodicamente o Rio de Janeiro, principalmente a região serrana, trazendo transtornos de toda ordem e muitas perdas, inclusive vidas. Em fevereiro do corrente ano, a população da Vila Sahy, em São Sebastião/SP, teve suas casas invadidas por um mar de lama, muitas mortes e tristeza, com um deslizamento gigantesco que mobilizou o Brasil. Enfim, poderíamos perder muitas horas divagando sobre os muitos acontecimentos similares, mas é exatamente aí que está o problema.
O Brasil é um país abençoado por natureza, porém ela está cansada. Exausta de tanta boiada que passa, extenuada com o descaso das autoridades, exaurida pelas brechas legais que insistem em abrir no muque, abaladas pela falta de consciência do próprio povo.
Sim! A natureza manda sinais de que precisamos cuidar da pauta ambiental. Não! Não é frescura. Acredito que já podemos perceber isso, não é?!
Passou da hora de olharmos com amor para aquela que nos abriga. Não! Não somos donos da terra. Estamos aqui de passagem e somos abrigados pela mãe-natureza, que nos acolhe, alimenta e nutre.
Agora, a solução é remediar. Salvar o máximo de vidas, minimizar o máximo de danos, orar o máximo possível, para que nossas boas energias cheguem ao povo gaúcho.
Dessa forma, ainda não seja um canal apropriado para isso, precisamos nos unir em oração e doação. Contudo, é importante salientar que, apesar do caos e do sofrimento que estamos assistindo, pessoas inescrupulosas estão usando de má-fé e criando postagens para doações que não serão direcionadas aos atingidos pela tragédia.
Portanto, se quiser e puder ajudar, atente-se aos dados contidos no documento de doação ou nos dados bancários. Certifique-se que seus valores chegarão a quem realmente necessita.
Por fim, para dar uma pitada de astrologia ao recado semanal, estamos entrando na Lua Nova em Touro, signo de terra fixa, onde estão Júpiter e Urano. Essa lua faz um aspecto suave com Saturno em Peixes, signo de água e do amor incondicional, onde também se encontra Netuno, o senhor das águas. Logo, a mensagem é: que tenhamos compaixão pelos que sofrem, que ajamos com sabedoria e disciplina, que tenhamos fé em Deus, que sejamos conscientes que tudo precisa estar em harmonia, inclusive o meio ambiente.
Nossos pais nos ensinaram desde pequenos: se você for visita, comporte-se. Somos visita aqui na Terra. Comporte-mo-nos cuidando de quem nos abriga e ajudemos a quem precisa neste difícil momento.
Alexandra A.S. Fernandes: Graduada em Letras – Português/Espanhol pela UNIP. Pós-graduada em Metodologia de Ensino das Línguas Portuguesa e Espanhola pela UCAM. Autora do livro – Autismo – Ensinar aprendendo e aprender ensinando. Diretora Social e Acadêmica da ACILBRAS. Funcionária pública e Professora de Análise Linguística do Piconzé Anglo e HF Cursos Jurídicos. Escritora, Terapeuta Integrativa, Astróloga e Artesã. Redes sociais: Instagram @profa_alexandra e @aora_terapias; Youtube Profa. Alexandra – Tirando dúvidas de português.