Plano de Saúde abriu nova turma para grupo antitabagismo neste mês, primeiro encontro será dia 20.
O tabaco é um dos principais inimigos da saúde. Seus efeitos negativos são tantos que prejudicam até mesmo os fumantes passivos – aqueles que não fumam mas convivem com quem faz uso do cigarro.
Ainda que não faltem bons motivos para largar o vício– ele é fator de risco para cerca de 50 doenças, muitas delas graves e fatais – a dificuldade existe devido à dependência química provocada pela nicotina, que em situações de abstinência, pode provocar desconfortos físicos e psicológicos.
Pensando nisso, o SanSaúde abriu nova turma do grupo antitabagismo para este mês, com primeiro encontro no próximo dia 20. No total, serão seis reuniões com a intermediação do médico de Família e Comunidade, Dr. Ernesto Hoffmann e das enfermeiras de família do programa de Atenção Primária à Saúde, Sandra Baracat e Luana Prates.
A metodologia utilizada é a sugerida pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). O objetivo do programa é reduzir a prevalência de fumantes e a consequente morbimortalidade relacionada ao consumo de derivados do tabaco, promovendo a cessação de fumar e protegendo a população da exposição à fumaça ambiental.
Essa é a terceira edição do programa, que fortalece ainda mais o vínculo dos profissionais com os beneficiários. O participante recebe o suporte psicológico ofertado pela própria dinâmica de grupo, associado às supervisões médica e de enfermagem e a prescrição de medicamentos nos casos em que for necessária.
O tratamento tem como objetivo a aprendizagem de um novo comportamento, por meio da promoção de mudanças nas crenças e desconstrução de vínculos comportamentais que levam ao vício.
Dr. Ernesto ressaltou dicas para te ajudar neste processo. “O tabagismo é considerado uma doença crônica com possibilidade de recaídas. Por isso, é preciso muito determinação. Apesar das dificuldades que poderão surgir no caminho – alguns precisam de mais de uma tentativa para largar o cigarro –, com determinação e ajuda de uma rede de apoio é possível parar de fumar”, afirmou.
Ele explicou os estágios motivacionais que os fumantes passam. “Muitas pessoas em diversas oportunidades tentam largar o hábito tabagista por pressão familiar e não por verdadeiramente ter essa vontade. Na chamada fase de Pré-contemplação, o indivíduo nem ao menos considera a possibilidade de mudar ou não se preocupa com a questão. Tentar parar de fumar nesta etapa usando algum medicamento é uma grande ilusão. Já na Contemplação, ele admite o problema, é ambivalente e considera adotar transformações eventualmente. Esse é o melhor momento para se passar informações sobre grupos de abandono de tabagismo e outras orientações. Quando já se está suficientemente motivado, que são nas fases de Preparação, onde se criam condições para as alterações, se planeja, e se revisa tentativas passadas, e de Ação, onde a pessoa já implementa atitudes ambientais e comportamentais e investe tempo e energia na execução deste projeto”, explicou.
O médico disse ainda que a metodologia atua com plano de ação. “Será um suporte, com metas possíveis e que são celebradas a cada avanço. Sabemos das dificuldades, dos gatilhos, mas estamos aqui para ajudar e tornar esse processo menos sofrido”, complementou.
A gestora do plano, Luana Romano, destacou a importância do programa. “Tivemos edições anteriores, com muito êxito, com relatos impactantes de pessoas que pararam de fumar. Acreditamos que muito além de consultas e atendimentos pontuais, precisamos investir em grupos de apoio, restabelecendo a saúde de nossos conveniados e auxiliando na qualidade de vida”, finalizou. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas no telefone (17) 3426-3000.