Queimada de grandes proporções gera transtornos para moradores de Santo Antônio do Aracanguá

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Queimada de grandes proporções perto de casas em Santo Antônio do Aracanguá — Foto: Arquivo pessoal

De acordo com o Corpo de Bombeiro, o forte vento fez com que as chamas se alastrassem rapidamente e destruíssem mais de 10 mil metros quadrados. Equipes ainda atuam para tentar controlar o incêndio.


Uma queimada de grandes proporções atinge nesta quarta-feira (22) uma área de vegetação em Santo Antônio do Aracanguá/SP.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio começou na tarde de terça-feira (21). Equipes da corporação, da prefeitura e de usinas atuam para tentar controlar as labaredas.

O forte vento fez com que as chamas se alastrassem rapidamente e destruíssem mais de 10 mil metros quadrados.

A Rodovia Eliéser Montenegro Magalhães precisou ser interditada por conta da fumaça, mas o trânsito voltou a fluir normalmente.

Apesar do trabalho dos bombeiros e brigadistas, a queimada ainda não foi controlada.

Valparaíso

Canavial pegando fogo em Santo Antônio do Aracanguá — Foto: Arquivo pessoal

Em Valparaíso/SP, um incêndio atingiu uma plantação de cana-de-açúcar.

Segundo os bombeiros, equipes da corporação foram acionadas e conseguiram controlar as chamas depois de horas de combate.

Uma enorme nuvem de fumaça se formou, assustando moradores. Ninguém ficou ferido ou desabrigado.

Qualidade do ar

As queimadas registradas em cidades da região noroeste paulista fizeram a qualidade do ar piorar. São José do Rio Preto/SP, por exemplo, ficou encoberta pela fumaça nesta quarta-feira (22).

De acordo José Mário Ferreira de Andrade, engenheiro civil, sanitarista e professor de gestão ambiental, os moradores de Rio Preto respiraram nesta quarta-feira o pior ar do estado de São Paulo.

“Enquanto na região metropolitana de São Paulo, o ar se manteve em boa qualidade, no norte e noroeste paulista, dois a três milhões de pessoas respiraram um ar de péssima qualidade, diversas vezes mais poluído que os níveis seguros recomendados pela organização Mundial da Saúde (OMS)”, disse.

Rio Preto registrou a pior qualidade do ar nesta quarta-feira — Foto: Divulgação/Cetsb

Ainda segundo José Mário Ferreira de Andrade, os ventos predominantes sopraram ininterruptamente do quadrante sul, com velocidade média horária de cerca de 16 quilômetros por hora.

“Isso favoreceu a propagação dos incêndios. Além disso, observa-se que houve a formação de aerossóis a três, quatro mil metros de altitude. Aerossóis são uma mistura de gases, fumaça, de material particulado, que forma um gel. Dependendo da espessura desse gel, a radiação solar diminui e a dispersão dos poluentes atmosféricos ao nível do solo torna-se muito difícil”, explicou.

Além de Santo Antônio do Aracanguá e Valparaíso, Jaci, Mirassol e Icém registraram queimadas de grandes proporções. Fotos de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que Itajobi, Itápolis e Matão também sofreram com incêndios.

“Possivelmente esses incêndios foram os que mais contribuíram para a deterioração da qualidade do ar que respiramos”, afirmou José Mário Ferreira de Andrade.

*Informações/g1