DIG de Votuporanga prende suspeito de matar família em canavial

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Preso homem suspeito de assassinar família encontrada em canavial – Foto: Reprodução

Suspeito, de 23 anos, foi preso em Valentim Gentil, nesta quarta-feira (18). Triplo homicídio foi descoberto pela polícia no dia 1º de janeiro em Votuporanga. O casal e a filha desapareceram no dia 28 de dezembro do ano passado.


A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) prendeu na noite desta quinta-feira (18.jan), em Valentim Gentil/SP, um homem de 23 anos, morador de Votuporanga/SP, suspeito de assassinar a família de Olímpia/SP encontrada com sinais de execução em um canavial. O triplo homicídio foi descoberto pela polícia no dia 1º de janeiro em Votuporanga. O casal e a filha desapareceram em 28 de dezembro do ano passado.

De acordo com a DIG, o suspeito, João Pedro Teruel, que já tem passagem por tráfico de drogas, foi preso preventivamente por 30 dias. Ele foi encaminhado ao Plantão Policial de Votuporanga, ouvido e colocado à disposição da Justiça.

Em uma entrevista coletiva, nesta sexta-feira (19), a Polícia Civil afirmou que o suspeito inicialmente negou o crime, mas depois afirmou que ajudou a armar uma emboscada. 

“A dinâmica, conforme o local foi encontrado, nos leva a deduzir que a vítima Anderson estava fora do veículo. Provavelmente foi alvejado em um primeiro momento. A esposa e a filha não teriam sido vistas pelo atirador ou atiradores”, explica o delegado seccional de Votuporanga, Márcio Nosse. 

“Tão logo ocorreram os disparos, houve a reação das demais vítimas, que estavam no carro. O veículo era provido de uma película escura, forte, e provavelmente não sabiam da presença dessas vítimas. Acreditamos que elas foram assassinadas porque testemunharam o crime.”

A DIG de Votuporanga aguarda laudos e continua investigando o caso para tentar localizar outros suspeitos de participarem do crime. 

“Com um crime desse tamanho, natureza e gravidade, trabalhamos com a hipótese de mais participantes. É possível que ele tenha feito tudo isso sozinho, mas trabalhamos com hipótese de outros envolvidos”, afirma o delegado.

Relembre o caso 

A família foi vítima de uma emboscada, segundo a Polícia Civil. À imprensa, o delegado de Olímpia, Marcelo Pupo, informou que uma testemunha disse que Anderson Marinho, de 35 anos, levava maconha para entregar aos suspeitos do crime, quando foi assassinado junto da esposa, Mirele Tofalete, de 32, e a filha, Izabelly, de 15. 

A polícia, no entanto, suspeita que as mulheres não tinham ligação com o tráfico. Os corpos das três vítimas tinham marcas de tiros e estavam em estado de decomposição, em uma estrada de terra que passa pelo canavial. 

A testemunha que prestou depoimento, ainda conforme o delegado, é investigada por envolvimento com tráfico de drogas e estava de “saidinha”. Anderson, por sua vez, tinha passagens por tráfico, registradas em 2015. 

O veículo da família foi encontrado no canavial e apresentava marcas de tiros. O homem estava caído fora do carro, enquanto mãe e filha foram encontradas dentro do automóvel. Munições intactas e cartuchos deflagrados, todos de calibre 9 milímetros, foram encontrados no local.

Veículo de família de Olímpia foi encontrado em canavial de Votuporanga – Foto: Reprodução

Antes de a família desaparecer, foi identificada uma ligação para o 190, número de emergência da PM, do celular da adolescente, mas a ligação não foi concluída. Durante a investigação, a polícia também constatou que o homem havia sido ameaçado de morte antes do crime. 

Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML). Conforme apurado pelo g1, não foi realizado velório, mas os enterros ocorreram no dia 2 de janeiro, no Cemitério Jardim Parque das Primaveras, em Olímpia. 

Desaparecimento 

Pai, mãe e filha saíram de Olímpia para almoçar em São José do Rio Preto e comemorar o aniversário da mulher no dia 28 de dezembro. Desde então, familiares não conseguiram entrar em contato com as vítimas e fizeram buscas pela região. 

No dia seguinte, 29 de dezembro, parentes registraram um boletim de ocorrência por desaparecimento na Polícia Civil de Olímpia e o caso passou a ser investigado. 

Ao g1, a irmã de Anderson contou, no dia 31, véspera de ano novo, que o carro da família tinha sido visto pela última vez após passar por um radar que fica no perímetro de Mirassol/SPcidade que não estava nos planos da viagem. 

“Eu tinha conversado com ele no dia anterior. Ele só falou que iria sair para comemorar o aniversário da esposa em um almoço em São José do Rio Preto. A última conversa estava tudo normal, tudo certo. Ele não tinha planejado nada além disso”, disse Geise Adrieli Marinho Ribeiro. 

Ainda no domingo, familiares receberam a informação de que o celular de Anderson teria dado sinal em Votuporanga, cidade a 139 quilômetros de Olímpia e 83 quilômetros de São José do Rio Preto, local da celebração do aniversário. Foi na cidade que os corpos foram encontrados, após um morador passar pelo canavial e acionar a polícia.

*Com informações do g1