Polícia identifica suspeito de matar jovem a tiros em Barretos, após briga durante jogo do Brasil

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Carlos Alberto Marques de Castro, de 24 anos, é procurado pela Polícia Civil de Barretos, SP — Foto: Reprodução/Rede social

Carlos de Castro, de 24 anos, teve a prisão temporária decretada e está foragido, diz delegado. Cinco suspeitos já foram presos. Prima da vítima também foi baleada e segue internada.


A Polícia Civil identificou o suspeito de matar a jovem Bárbara Carolina Cantídio, de 17 anos, a tiros após uma briga durante a transmissão do jogo de Brasil e Croácia pela Copa do Mundo, em Barretos/SP.

Carlos Alberto Marques de Castro, de 24 anos, já teve a prisão temporária decretada e é considerado foragido, segundo o delegado Rafael Faria Domingos.

“Essa pessoa que permanece foragida é o atirador. Os policiais estão desde a madrugada na tentativa de localizá-lo. Qualquer informação que a população tiver desse cidadão será bem-vinda”, contou o delegado, em entrevista ao telejornal EPTV 1, na quarta-feira (14).

Até a manhã desta quarta, a polícia já havia prendido outros cinco suspeitos. Ainda de acordo com o delegado, Castro já tinha passagens por homicídio e tráfico de drogas. A imprensa não conseguiu localizar a defesa dele.

Qualquer informação sobre o paradeiro de Carlos Alberto pode ser repassada ao telefone da Polícia Militar (190) ou do Disque Denúncia (181).

Bárbara Carolina Cantídio, de 17 anos, foi baleada e morreu em Barretos — Foto: Reprodução/Facebook

Prima baleada

Além de Bárbara, a prima dela, Débora Rebor, de 17 anos, também foi baleada. Na última sexta, as vítimas tinham ido ao North Shopping, em Barretos, para assistir ao jogo de Brasil e Croácia, válido pelas quartas de final da Copa do Mundo.

Durante a partida, houve uma briga generalizada. A jovem e a prima teriam tentado apartar a confusão porque um amigo delas estava envolvido.

Segundo familiares, já do lado de fora do shopping, as adolescentes foram baleadas enquanto tentavam se proteger abraçadas.

Bárbara levou dois tiros que atingiram o pulmão e não resistiu. Baleada no tórax, a prima foi levada em estado grave à Santa Casa de Barretos, mas já recebeu alta da UTI.

Débora Cristina Rebor Basílio, de 17 anos, foi baleada após confusão em Barretos, durante jogo do Brasil — Foto: Reprodução/Facebook

Menor solto

No sábado (10), a Justiça mandou soltar um adolescente de 17 anos até então apontado como atirador. Na decisão, a juíza Marina de Almeida Gama Matioli não enxergou, na representação do Ministério Público (MP), elementos para confirmar a autoria dos disparos.

Na ocasião, o promotor de Justiça Flávio José da Costa informou que já havia recorrido da decisão e que pediu urgência na análise do novo pedido de apreensão do menor.

Motivação

A Polícia Civil aponta que há indícios de motivação passional na briga que originou o tiroteio.

Ainda de acordo com o delegado, os disparos que atingiram as vítimas eram direcionados a um jovem de 21 anos que estava no shopping, onde a confusão teria começado por uma rivalidade motivada por relacionamentos amorosos anteriores ligadas aos envolvidos.

A hipótese de uma suposta rixa entre facções criminosas foi descartada.

As investigações apontam que, depois da briga generalizada nos corredores do North Shopping no último dia 9, os envolvidos deixaram o centro comercial, pegaram uma arma que estava guardada em um automóvel, um Fiat Uno, próximo à região e, em outro carro, um Ford Ka, passaram a ir atrás do jovem de 21 anos.

Foi desse outro veículo que, segundo a polícia, saíram os disparos que, em vez do alvo do grupo, feriram as jovens.

Operação

A Polícia Civil cumpriu nesta quarta-feira mandados de prisão temporária contra suspeitos de envolvimento no tiroteio.

Conforme informações divulgadas pela Delegacia Seccional de Barretos, cinco foram presos até o início da manhã – com quatro detidos nesta quarta e um preso desde o último domingo (11). O único foragido é Carlos Alberto. Além disso, dois veículos foram apreendidos.

A operação contou com agentes da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE), do Grupo de Operações Especiais (GOE) e da Polícia Militar.

*Com informações do g1