Seis pessoas foram levadas à delegacia, entre elas, policiais militares. Carga de procedência duvidosa foi apreendida em dois carros na Rodovia Castello Branco, depois de chegar a Sorocaba em um avião; PF acredita que metal precioso tenha saído do Mato Grosso e Pará.
O tenente-coronel da PM Marcelo Tasso, que atuava na Casa Militar do Palácio dos Bandeirantes, foi detido na tarde de ontem após desembarcar com 78 quilos de ouro em um avião particular na cidade de Sorocaba/SP. Tasso estava acompanhado por outros três policiais militares, que fariam a escolta da carga.
Segundo comunicado à imprensa da Polícia Federal, o ouro chegou a São Paulo em um avião que pousou no Aeroporto Estadual de Sorocaba na tarde de ontem. Ele foi colocado em dois carros do modelo Corolla, que foram interceptados pela corporação com ajuda da Polícia Militar Rodoviária na Rodovia Castelo Branco.
A carga apreendida tem o valor de R$ 23 milhões e estava dividida em três malas. O ouro veio do Mato Grosso e do Pará e vai passar por análise laboratorial, segundo a PF. O jornal O Globo afirma que o ouro seria oriundo de terras indígenas.
Além do ouro, uma mala com documentos foi apreendida pelo policial. Os suspeitos foram conduzidos à delegacia da PF em Sorocaba para prestar depoimento. Em seguida, foram liberados. Eles serão investigados por usurpação de bens da União e receptação dolosa.
O avião utilizado para o transporte do ouro, um King Air Turbohélice, seria objeto de apreensão de outro inquérito policial. A PF informou que vai apurar as circunstâncias da utilização proibida da aeronave.
O Governo de São Paulo informou, por meio de nota, que o tenente-coronel Marcelo Tasso está afastado do trabalho desde outubro “para cumprir licenças pendentes para a sua aposentadoria” e disse que o caso é investigado pela Corregedoria da Polícia Militar.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que um B.O., de averiguação de extração irregular de minério foi elaborado.
A Ouvidoria das polícias do Estado de São Paulo informou que irá abrir requerimento junto à Corregedoria da Polícia Militar pedindo apuração para as circunstâncias do caso.
“Tivemos a informação de que os policiais militares envolvidos nessa ocorrência já foram afastados das suas atividades”, disse o advogado Elizeu Soares Lopes, ouvidor das polícias.
*Com informações/UOL