Deputado defende redução de penas conforme gravidade das condutas e critica ala radical liderada por Eduardo Bolsonaro.
Em entrevista à Jovem Pan, no último sábado (6.set), o deputado federal Fausto Pinato (PP-SP) apresentou a defesa de seu Projeto de Lei que institui a anistia proporcional aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A proposta prevê redução das penas conforme a gravidade das condutas praticadas, diferenciando quem apenas se manifestou de quem depredou prédios públicos ou enfrentou policiais.
“Não existe previsão na Constituição para anistia em caso de golpe contra a democracia. O que defendo é a anistia proporcional, que evita injustiças sem abrir precedentes perigosos”, explicou. Segundo Pinato, sua proposição busca justiça equilibrada, sem anistia plena, mas também sem penas exacerbadas.
O parlamentar ainda criticou a influência externa e radicalizações internas: “Não podemos aceitar essa interferência irresponsável de Donald Trump. Soberania é dignidade e patriotismo, não é questão de esquerda ou direita”, afirmou.
Críticas a Eduardo Bolsonaro
Pinato apontou Eduardo Bolsonaro como responsável por radicalizar o pai, ex-presidente Jair Bolsonaro e levá-lo a erros: “Foi a escola olavista liderada por Eduardo Bolsonaro que arrastou o ex-presidente a manusear a minuta de golpe e pressionar militares. Infelizmente, ele foi chantageado pela ala mais radical”, disse.
Busca por pacificação
Para o deputado, a pacificação nacional só virá com novas eleições e uma liderança capaz de unir o país: “Ninguém aguenta mais um Brasil dividido ao meio. Precisamos de um líder que pacifique e apresente um projeto de nação”, destacou.
Pinato defende que sua proposta de anistia proporcional é a única alternativa capaz de oferecer justiça sem impunidade, punindo de acordo com a responsabilidade de cada envolvido nos eventos de 8 de janeiro.