PF realiza perícia médica em Bolsonaro; procedimento foi determinado por Moraes para decisão sobre cirurgia 

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O ex-presidente Jair Bolsonaro é visto na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília/DF, ao se despedir da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que foi visitá-lo onde ele cumpre prisão preventiva — Foto: Wilton Junior/Estadão Conteúdo

Advogados solicitaram ao ministro do STF autorização para que seja realizada, com urgência, uma cirurgia para correção de hérnias no ex-presidente. Resultado da avaliação deve sair na sexta-feira (19).


A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira (17.dez) uma perícia médica no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O procedimento foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para que ele possa decidir sobre um pedido da defesa.

Os advogados solicitaram, com urgência, a autorização para a realização de uma cirurgia para correção de hérnias no ex-presidente.

O resultado da avaliação médica deve ser divulgado na próxima sexta-feira (19). 

O pedido da defesa

A defesa de Bolsonaro acionou o Supremo Tribunal Federal em 9 de dezembro pedindo que o ex-presidente passasse por cirurgia diante da piora do diagnóstico de hérnia inguinal, além de tratamento para o quadro de soluços.

Moraes negou a medida porque os exames apresentados pelos advogados não eram recentes. O ministro ainda determinou que a PF realizasse uma perícia para avaliar o quadro de saúde de Bolsonaro em 15 dias – o que ainda não ocorreu.

Com a negativa, a defesa pediu que um médico da equipe pudesse realizar, na própria PF, um exame de ultrassom. No sábado (13), o ministro autorizou o procedimento. 

Ultrassonografia revelou hérnias

Um médico esteve com Bolsonaro no domingo (14) e realizou uma ultrassonografia que confirmou o diagnóstico de hérnias inguinais bilaterais.

“O estado de saúde do sentenciado é grave, complexo e progressivamente debilitado. Ocorre que, desde a última manifestação da defesa, houve evolução objetiva e comprovada do quadro clínico, agora amparada por exame de imagem realizado recentemente e por novo relatório médico conclusivo, que impõem atuação imediata”, disse a defesa ao STF. 

Segundo relatório médico enviado ao Supremo, “os sintomas de dor e desconforto na região inguinal se acentuaram em virtude das frequentes crises de soluço, que causam aumento intermitente da pressão abdominal”.

Os advogados também insistem para que o Supremo analise o pedido de prisão domiciliar humanitária diante do quadro de saúde de Bolsonaro. 

*Com informações do g1