Peritos consideraram ‘incompatível’ versão de que pedra que matou motorista ao atravessar para-brisa foi arremessada por pneu de caminhão, diz polícia 

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Pedra que atingiu motorista no volante e o matou enquanto ele dirigia em rodovia de Pontalinda — Foto: Polícia Militar Rodoviária/Divulgação

Caso ocorreu na Rodovia Elyeser Montenegro Magalhães, em Pontalinda/SP, na noite de sexta-feira (27). Fator que despertou dúvida nos policiais foi um pano que estava junto à pedra no momento do acidente. Antônio Claudinei Castrequini morreu no local.


Peritos acionados no local consideraram “incompatível” a hipótese de que a pedra que matou o motorista, de 46 anos, ao atravessar o para-brisa do carro que ele dirigia tenha sido arremessada pelo pneu de um caminhão, conforme o registro da Polícia Rodoviária. O caso ocorreu na Rodovia Elyeser Montenegro Magalhães, em Pontalinda/SP, na noite da última sexta-feira (27.jun).

Segundo a Polícia Rodoviária, a suspeita inicial era de que a pedra, de cerca de 15 centímetros e 1,71 quilos, havia sido arremessada contra o para-brisa por um caminhão que estava na pista contrária. Mas, no registro da polícia, obtido pela TV TEM no sábado (28), consta que a perícia não encontrou outras pedras soltas que pudessem ter caído do caminhão ou se desprendido da pista.

Outro fator que despertou dúvida nos policiais foi um pano que estava junto à pedra no momento do acidente, o que demonstra que, possivelmente, ela não estava na rodovia.

Com o impacto da pedra, Antônio Claudinei Castrequini morreu no local. Além do motorista, outras três pessoas estavam no carro: a esposa da vítima; duas filhas do casal, de 20 e 28 anos; e a neta deles, de nove meses. A bebê teve ferimentos leves e foi levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Jales/SP.

Ao perceber que o pai foi atingido, a filha mais velha assumiu a direção do carro e conseguiu estacionar no acostamento. No local, ela disse aos policiais que suspeitou do caminhão, que seguia no sentido contrário, uma vez que o veículo passou no mesmo instante em que a pedra foi arremessada.

A pedra foi recolhida para análise detalhada. O caminhoneiro, por sua vez, seguiu viagem e não foi localizado. O corpo de Antônio foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para exame necroscópico. 

A ocorrência foi registrada como homicídio culposo e lesão corporal culposa na direção do veículo automotor. 

*Com informações do g1