Outubro Rosa: oncologista da Santa Casa ressalta campanha

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Outubro Rosa: oncologista da Santa Casa ressalta campanha - Foto: Reprodução

Atualmente, 34 pacientes são acompanhados por câncer de mama no Ambulatório de Oncologia.


O mês de outubro virou símbolo da luta contra o câncer de mama, por meio da campanha Outubro Rosa. O objetivo da iniciativa é divulgar informações sobre prevenção, diagnóstico precoce e também sobre o tratamento.

O câncer de mama é o tipo que mais acomete o público feminino em todo o mundo. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

A Santa Casa de Votuporanga apoia Outubro Rosa e conversou com a médica oncologista Dra. Julia Cordeiro, que destacou sintomas, fatores de risco e tratamento.

Sintomas

Os principais sinais suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

Fatores de risco

Não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados ao desenvolvimento da doença entre as mulheres, como: envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.

 Os principais fatores são:

– Obesidade e sobrepeso, após a menopausa

– Atividade física insuficiente (menos de 150 minutos de atividade física moderada por semana)

– Consumo de bebida alcoólica

– Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X, tomografia computadorizada, mamografia etc.)

– História de tratamento prévio com radioterapia no tórax

– Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos

– Não ter filhos

– Primeira gravidez após os 30 anos

– Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos

– Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona)

– Ter feito terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona), principalmente por mais de cinco anos

– Histórico familiar de câncer de ovário; de câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos; e caso de câncer de mama em homem

– Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.

Ambulatório de Oncologia

A Santa Casa possui Ambulatório de Oncologia, para diagnóstico e tratamento da doença. O serviço conta com uma equipe multidisciplinar completa, proporcionando mais eficiência e agilidade na realização do diagnóstico.

Atualmente, 34 pacientes são acompanhados por câncer de mama. Desde a inauguração, em 2022, foram 402 atendimentos, incluindo consultas, sessões de quimioterapia e hormonioterapia.

O Ambulatório de Oncologia fica localizado na rua Tocantins, ao lado da Ouvidoria do Hospital. O espaço é confortável e acolhedor para tratar, ainda melhor, os usuários. A estrutura é composta de recepção, sala de infusão, farmácia oncológica, armazenamento de quimioterápico, sala de atendimento da equipe multiprofissional, além de consultório do oncologista clínico.

Os pacientes são acompanhados por médicos, enfermeiros, nutricionista, psicólogo, farmacêutico, fonoaudióloga e assistente social.  Tudo para garantir atendimento integral, humanizado e de qualidade.

Tratamento

Dra. Julia também abordou as opções de tratamento para o câncer de mama, enfatizando que o diagnóstico precoce aumenta significativamente as chances de cura. As opções de tratamento incluem:

Cirurgia: A remoção do tumor é frequentemente o primeiro passo no tratamento do câncer de mama. Em alguns casos, pode ser necessária a remoção parcial ou total da mama (mastectomia).

Radioterapia: A radioterapia utiliza radiações para destruir células cancerosas remanescentes após a cirurgia, reduzindo o risco de recidiva.

Quimioterapia: A quimioterapia utiliza medicamentos para destruir as células cancerosas. Pode ser administrada antes ou após a cirurgia, dependendo do estágio do câncer.

Terapia alvo e imunoterapia: Tratamentos mais recentes, como terapia alvo e imunoterapia, têm se mostrado eficazes em certos casos, atacando as células cancerosas de forma mais direcionada e estimulando o sistema imunológico do paciente.

Terapia hormonal: Algumas formas de câncer de mama são sensíveis a hormônios como o estrogênio, e a terapia hormonal pode ser prescrita para bloquear esses hormônios e impedir o crescimento do tumor.

Prevenção e Detecção Precoce

A oncologista destacou a importância da prevenção e detecção precoce do câncer de mama. Segundo ela, a prevenção envolve uma série de medidas que podem ser adotadas para reduzir os riscos de desenvolver a doença:

Autoexame de mama: As mulheres devem realizar o autoexame mensalmente, a partir dos 20 anos de idade. Isso permite que elas se familiarizem com suas mamas e identifiquem qualquer alteração, como nódulos ou mudanças na textura da pele.

Mamografia: A mamografia é um exame de imagem fundamental para a detecção precoce do câncer de mama. Recomenda-se que mulheres a partir dos 40 anos realizem mamografias anualmente. Mulheres com histórico familiar de câncer de mama podem precisar iniciar mais cedo.

Avaliação médica regular: Consultar um médico regularmente é crucial. Ele pode realizar exames clínicos das mamas e orientar sobre os fatores de risco individuais.

Estilo de vida saudável: Manter uma dieta balanceada, praticar exercícios regularmente, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool são hábitos que podem reduzir o risco de câncer de mama.