Outubro Rosa: o estilo de vida pode ser um fator preventivo do câncer de mama? 

557
Outubro Rosa conscientiza sobre a prevenção ao câncer de mama — Foto: Anna Shvets/Pexels

Um aumento global na incidência de câncer de mama foi observado, com taxas de incidência 4 vezes maiores nos países desenvolvidos do que nos menos desenvolvidos.


No mês de conscientização da prevenção do câncer de mama, o Outubro Rosa, um ponto em destaque é o papel e a influência do estilo de vida como cuidado preventivo. 

Um aumento global na incidência de câncer de mama foi observado, com taxas de incidência 4 vezes maiores nos países desenvolvidos do que nos menos desenvolvidos, enfatizando as diferenças no estilo de vida. Além disso, observa-se, em estudos, que a expectativa de vida de mulheres que sobreviveram ao câncer de mama é menor em comparação aquelas na população em geral, quando não há mudanças positivas na sua rotina após o tratamento oncológico. 

Obesidade e câncer de mama

Um estudo mais antigo (2003) com 495.477 mulheres americanas demonstrou que a obesidade estava associada a um risco 62% maior de desenvolver câncer, sobretudo de mama, em comparação com mulheres com índice de massa corporal saudável.

Em 2016, a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) reuniu um grupo de trabalho de 21 especialistas internacionais para avaliar os efeitos da obesidade no risco de câncer. Foi revisado cerca de mais de 1000 estudos que investigaram a relação entre obesidade e risco de câncer. Os autores mostraram, com diferentes resultados, que para cada 5 kg/m2 de aumento do índice de massa corporal, o risco de desenvolver câncer de mama aumenta em 10%, principalmente no período de pós-menopausa.

Alimentação: preventiva ou aceleradora?

Os padrões alimentares podem estar associados ao risco de câncer de mama, dependendo de sua qualidade nutricional. Os padrões dietéticos são classificados como ocidentais, com alta ingestão de grãos refinados, gorduras, carnes vermelhas e processadas e bebidas adoçadas com açúcar, ou prudentes, que predomina o consumo de grãos inteiros, frutas, vegetais e peixe.

Em uma meta-análise de 18 estudos observacionais, as mulheres que aderiram a um padrão alimentar prudente tiveram 11% menos probabilidade de desenvolver câncer de mama durante o período de acompanhamento do que as mulheres que não seguiram esse padrão alimentar. 

*Informações/Roberta Lara – nutricionista e colaboradora da página “5 minutos de nutrição”