Outubro Rosa: médica ressalta prevenção e tratamento precoce

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Mastologista e ginecologista, Dra. Gabriela da Silveira Trindade - Foto: Reprodução

Dra. Gabriela da Silveira Trindade, mastologista e ginecologista do SanSaúde, deu detalhes sobre câncer de mama.


O diagnóstico precoce é o maior aliado contra a mortalidade por câncer de mama. Para alertar e conscientizar sobre a importância da prevenção e da detecção de um tumor ainda no começo, é realizada anualmente a campanha Outubro Rosa. Nos casos identificados em fase inicial, as chances de cura são de 95%, afirma o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

O SanSaúde conversou com a mastologista e ginecologista, Dra. Gabriela da Silveira Trindade, que ressaltou a importância da iniciativa. “Outubro Rosa é celebrado anualmente, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença. A campanha proporciona maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribui para a redução da mortalidade”, disse.

Para este ano, foram estimados 66.280 casos novos de câncer de mama, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, ocupa a primeira posição mais frequente no sexo feminino, em todas as regiões do Brasil.

Faixa etária

A faixa etária mais acometida pela patologia é entre os 50 e 70 anos. No entanto, tem – se aumentado a incidência a partir dos 40 anos.

Dra. Gabriela frisou que as mulheres na faixa etária de 40 a 74 anos devem fazer mamografia anualmente, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia. “Entre 50 e 69 anos, a cada dois anos, de acordo com o Ministério da Saúde”, orientou.

A especialista alertou que todas as mulheres, independentemente da idade, devam conhecer seu corpo para que possam perceber qualquer anormalidade e buscar apoio médico quando necessário. “O autoexame não substitui a mamografia. Ele auxilia a paciente a notar alguma alteração e procurar um profissional”, alertou.

Fatores de risco

A idade é um dos fatores de risco mais importantes para a doença. Além disso, há fatores ambientais e comportamentais, como a obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebida alcoólica e exposição frequente a radiações ionizantes, o raio-x. “Menopausa tardia, menarca precoce, história familiar, nuliparidade, obesidade, alcoolismo, tabagismo são alguns dos mais comuns”, citou.

Como fazer o autoexame?

De pé, em frente ao espelho, observe o bico dos seios, a superfície e o contorno das mamas. Ainda de pé, levante os braços e observe se os movimentos alteram o contorno e a superfície da mama.

Deitada, com a mão direita, apalpe a mama esquerda. Realize movimentos circulares suaves, apertando levemente com a ponta dos dedos. Repita o processo com o lado direito. Já durante o banho, com a pele ensaboada, eleve o braço direito e deslize os dedos da mão esquerda suavemente sobre a mama direita estendendo até a direita. Repita novamente com o outro lado.

Prevenção

A prevenção consiste em uma alimentação saudável, atividade física regular, amamentação, e realização de mamografia anual.

Mitos e Verdades

Mito: câncer de mama mata

Verdade: se diagnosticado precocemente, a cura chega em 95%

Mito: a mulher fica sem mama

Verdade: não existe mulher sem mama (a reconstrução é feita imediatamente, após a cirurgia de retirada)