O elo entre infertilidade e depressão 

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Suporte emocional no tratamento para engravidar minimiza exposição a transtornos mentais - Foto: Michael H/GettyImages

A ciência crava uma íntima relação entre as duas condições. Como lidar? 


Não é raro que o estresse e a angústia passem dos limites aceitáveis entre casais que lutam para ter um filho, evoluindo para quadros mais sérios como a depressão.

Uma revisão de estudos com dados de quase 10 mil mulheres com infertilidade atesta que 44% daquelas que moram em países de baixa e média renda, como o Brasil, são acometidas por sintomas depressivos — o índice entre nações desenvolvidas é 28%.  

Isso reforça a necessidade de amparo médico e psicológico a pessoas que buscam tratamentos para engravidar.  

“O correto entendimento pela equipe de reprodução assistida é fundamental para apoiar os pacientes, pois muitas vezes os transtornos mentais representam uma piora na adesão e na resposta ao longo do tratamento”, diz Eduardo Motta, médico e fundador da Huntington Medicina Reprodutiva.  

Como enfrentar 

Apoio psicológico é bem-vindo inclusive para conseguir engravidar. 

Suporte psicoemocional 

O acompanhamento de um psicólogo durante o tratamento da infertilidade ajuda a lidar com as tensões e aflições que ela é capaz de provocar tanto na mulher como no homem.  

Fortalecimento do vínculo 

Amor, carinho e compreensão são os pilares para o casal superar o que se passa. O estado psicológico pode inclusive reverberar nos hormônios e influenciar as chances de engravidar. 

Assistência especializada 

Estar na mão de uma equipe capacitada e especializada em reprodução assistida é decisivo para obter um tratamento adequado e entender possibilidades e limitações. 

Consulta com psiquiatra 

Quando a depressão aparece, pode ser necessário contar com a visão e o apoio desse profissional, que avaliará a situação e receitará medicamentos apropriados para conter o transtorno. 

*Informações/saude.abril