A ciência crava uma íntima relação entre as duas condições. Como lidar?
Não é raro que o estresse e a angústia passem dos limites aceitáveis entre casais que lutam para ter um filho, evoluindo para quadros mais sérios como a depressão.
Uma revisão de estudos com dados de quase 10 mil mulheres com infertilidade atesta que 44% daquelas que moram em países de baixa e média renda, como o Brasil, são acometidas por sintomas depressivos — o índice entre nações desenvolvidas é 28%.
Isso reforça a necessidade de amparo médico e psicológico a pessoas que buscam tratamentos para engravidar.
“O correto entendimento pela equipe de reprodução assistida é fundamental para apoiar os pacientes, pois muitas vezes os transtornos mentais representam uma piora na adesão e na resposta ao longo do tratamento”, diz Eduardo Motta, médico e fundador da Huntington Medicina Reprodutiva.
Como enfrentar
Apoio psicológico é bem-vindo inclusive para conseguir engravidar.
Suporte psicoemocional
O acompanhamento de um psicólogo durante o tratamento da infertilidade ajuda a lidar com as tensões e aflições que ela é capaz de provocar tanto na mulher como no homem.
Fortalecimento do vínculo
Amor, carinho e compreensão são os pilares para o casal superar o que se passa. O estado psicológico pode inclusive reverberar nos hormônios e influenciar as chances de engravidar.
Assistência especializada
Estar na mão de uma equipe capacitada e especializada em reprodução assistida é decisivo para obter um tratamento adequado e entender possibilidades e limitações.
Consulta com psiquiatra
Quando a depressão aparece, pode ser necessário contar com a visão e o apoio desse profissional, que avaliará a situação e receitará medicamentos apropriados para conter o transtorno.
*Informações/saude.abril