PM chegou a contabilizar 1.700 licenças médicas por semana em função da doença. Número caiu para 300 após início da vacinação. Dados foram divulgados pela Secretaria da Segurança Pública nesta terça (11).
O número de policiais militares afastados com sintomas ou diagnostico de Covid-19 caiu 82% após o início da vacinação do efetivo, em 5 de abril, segundo dados divulgados pela Secretaria da Segurança Pública nesta terça-feira (11).
De acordo com a pasta, antes dessa data, a instituição chegou a registrar até 1.700 licenças por sintomas relacionados à doença por semana.
Com a imunização dos profissionais, o número foi reduzido para cerca de 300 policiais afastados pelo mesmo período.
A diminuição também é percebida nas internações de policiais em enfermarias e UTI que caíram 71% (73 para 21) e 34% (29 para 19), respectivamente, ante o período anterior à vacina.
A SSP ainda aponta que até esta terça (11), 96% do efetivo total da Polícia Militar já tinha recebido a primeira dose da vacina contra a Covid-19.
A vacinação dos profissionais da área da segurança no estado começou no dia 5 de abril. O plano do governo paulista incluiu os policiais federais que atuam em São Paulo, policiais militares, civis, bombeiros, da Polícia Científica, agentes de segurança e de escolta penitenciária, e guardas civis metropolitanos municipais.
A tenente da Polícia Militar Rosemeire Santos de Miranda, que tem mais de 20 anos de corporação, foi a primeira agente de segurança pública do estado de São Paulo a receber a primeira dose da vacina contra o coronavírus.
Histórico da vacinação
A vacinação contra a Covid-19 começou no Brasil em 17 de janeiro, logo após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso emergencial da CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.
A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, moradora de Itaquera, na Zona Leste da capital paulista, foi a primeira pessoa, fora dos estudos clínicos, a receber a vacina.
O Programa Nacional de Imunização (PNI) brasileiro teve início no dia 18 de janeiro, e começou a ser feito após a distribuição das 6 milhões de doses da CoronaVac importadas já prontas da China.
No estado de São Paulo, a vacinação começou com profissionais de saúde da linha de frente no combate ao coronavírus, indígenas, quilombolas e idosos que viviam em instituições, e foi avançando conforme a chegada de vacinas.