Condições climáticas nas regiões afetadas na Turquia dificultaram o acesso das equipes de resgate, segundo vice-presidente turco Fuat Oktay.
A contagem oficial de mortos por conta do maior terremoto em 80 anos na Turquia e na Síria, na madrugada de segunda-feira (6.fev), subiu nesta terça-feira (7) para 5.161.
Mais de 30 horas após o tremor, que durou um minuto e meio e abalou fortemente a região central da Turquia e o noroeste da Síria, milhares de pessoas ainda estão sendo resgatadas, e outras milhares seguem desaparecidas.
O número total de mortos leva em conta as contagens dos dois países. Na manhã desta terça-feira, o vice-presidente da Turquia, Fuat Oktay, disse que o número de mortos em seu país por conta do tremor aumentou para 3.419. Na Síria, o balanço de mortos é de 1.612.
Até agora, se sabe que:
- O terremoto ocorreu na madrugada de segunda-feira (6) no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia, perto da fronteira com a Síria.
- O raio de alcance do tremor foi de 250 quilômetros, e, portanto ele foi fortemente sentido em centenas de municípios e cidades dos dois países.
- O epicentro ocorreu a 10 quilômetros da superfície – esta é uma profundidade considerada baixa e pode explicar, em parte, o tamanho da destruição provocada.
- O tremor também foi sentido em Israel, no Iraque, no Chipre e no Líbano. Não há registro de vítimas ou feridos nesses países.
- Foi o pior terremoto desde 1939 na região, muito propensa ao fenômeno por ser uma área de encontro de placas tectônicas.
- Cerca de 70 réplicas também foram registradas após o primeiro tremor.
- Segundo o último balanço do governo turco, 3,419 pessoas morreram na Turquia.
- Na Síria, foram 1.612 mortos, segundo levantamento do governo e da ONU.
- A OMS afirmou que o número de vítimas pode ser até oito vezes maior.
- Mais de 10 mil pessoas ficaram feridas, e milhares ainda estão desaparecidas.
- Segundo o governo turco, mais de 70 países já anunciaram que enviarão ajuda humanitária e equipes de busca, entre eles EUA, Reino Unido, Alemanha e Israel.
Frio
O inverno no Hemisfério Norte – que provoca temperaturas negativas na região – deve ser um dos grandes desafios nas buscas dos próximos dias.
O vice-presidente turco disse também nesta terça-feira que as condições climáticas severas dificultaram os resgates e o envio de ajuda às regiões afetadas. Ele disse que apenas veículos de resgate e ajuda estão autorizados a entrar ou sair de Hatay, Kahramanmaras e Adiyaman, três das províncias mais afetadas.
As operações de resgate estão se concentrando nessas três províncias e em Malatya, acrescentou Oktay.
‘Áreas silenciosas’ preocupam OMS
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse nesta terça-feira que está especialmente preocupado com áreas da Turquia e da Síria de onde nenhuma informação havia surgido após o terremoto.
“Estamos especialmente preocupados com as áreas em que ainda não temos informações. O mapeamento de danos é uma maneira de entender onde precisamos focar nossa atenção”, disse Adhanom.
Mais de 45 países, além de organismos internacionais como a própria OMS, enviaram ajuda humanitária ou equipes de resgate para ajudar na busca por sobreviventes na Turquia e na Síria.
*Com informações do g1