Mulher morta pelo ex-marido ao ser arrastada por carro terminou relacionamento após ele quebrar imagens de orixás dela, diz polícia 

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Aguinaldo dos Santos Machado foi preso depois de matar a ex-mulher em Rio Preto — Foto: Arquivo pessoal

Vítima era dona de uma casa de umbanda e teve um relacionamento com o autor do crime, mas decidiu pela separação. Ela morreu na tarde de domingo (11), dois dias depois das agressões, em São José do Rio Preto/SP.


A mulher de 46 anos que morreu ao ser espancada e arrastada por carro pelo ex-marido terminou o relacionamento após ele quebrar as imagens de orixás umbandistas dela, segundo o boletim de ocorrência da Polícia Civil, em São José do Rio Preto/SP. O crime ocorreu na noite de sexta-feira (9.mai) e a vítima morreu na tarde de domingo (11).

De acordo com o BO, Alessandra Gonçalves Muniz Machado era dona de uma casa de umbanda e teve um relacionamento com Aguinaldo dos Santos Machado, de 51 anos, mas relatou à polícia que decidiu pela separação.

Conforme o registro, a mulher disse à polícia que Aguinaldo estava usando cocaína e bebendo com frequência, além de possuir atitudes intolerantes com relação à religião dela. 

No dia do crime, o suspeito se encontrou com a mulher, mas passou a xingá-la de “diabo” e “satanás” e a agredi-la com socos e chutes. Depois, ele mandou que a vítima entrasse no carro. Ao tentar entrar, ela prendeu a mão na porta e foi arrastada pelo veículo.

A mulher foi levada à Santa Casa com ferimentos nas mãos, braços, pernas e no rosto. No hospital, a vítima pediu medidas protetivas de urgência contra o homem. O estado de saúde dela piorou e ela precisou ser encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu.

Aguinaldo foi preso no domingo (11) e levado para a carceragem da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Rio Preto. 

O corpo de Alessandra foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) para exame necroscópico. A mulher deixou três filhos. A vítima foi enterrada na manhã desta terça-feira (13) em Rio Preto. 

A ocorrência foi registrada como violência doméstica, morte suspeita, intolerância religiosa e feminicídio. 

*Com informações do g1