Motorista é condenado a oito anos de prisão por atropelar casal e causar morte de ciclista em Bálsamo 

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Casal atropelado por carro em Bálsamo — Foto: Reprodução

Guilherme Augusto dos Reis Jordão foi condenado nesta quinta-feira (28) por atropelar e matar Natielle de Paula Pantano, em julho de 2022. Ele respondia ao processo em liberdade. A defesa dele informou que vai recorrer.


O motorista acusado de atropelar um casal de ciclistas em Bálsamo/SP, em 10 de julho de 2022, foi condenado a oito anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, durante júri popular nesta quinta-feira (28.ago). Naitielle de Paula Pantano morreu no dia do atropelamento, enquanto Júlio Cesar Braguini Fernandes foi socorrido com ferimentos.

O réu, o servidor público Guilherme Augusto dos Reis Jordão, foi condenado por homicídio culposo, lesão corporal culposa de trânsito, embriaguez ao volante, omissão de socorro, fuga do local de acidente e dirigir sem carteira de habilitação. Ele respondia ao processo em liberdade.

Cabe recurso da decisão. À imprensa, tanto a defesa de Guilherme quanto o Ministério Público informaram que vão recorrer da sentença.

Natielle, à época com 33 anos, e o marido, Júlio Cesar, pedalavam em uma estrada rural entre Mirassol/SP e Bálsamo quando foram atingidos pelo carro do condenado. Ela morreu no local. 

A ciclista era enfermeira, pesquisadora, casada com Júlio e apaixonada pelo ciclismo. Ela tinha o sonho de ser mãe e treinava para, junto à família, percorrer o Caminho da Fé pela primeira vez. 

Relembre o caso 

No dia 10 de julho de 2022, após o atropelamento e a confirmação da morte de Natielle, o marido dela, Júlio Cesar, foi socorrido e levado ao Hospital de Base de São José do Rio Preto/SP, onde recebeu atendimento médico e foi liberado depois de semanas internado. 

No local do acidente, os policiais encontraram pedaços do veículo e a placa de identificação. 

A investigação apontou que Guilherme ingeriu bebida alcoólica em um restaurante e foi embora dirigindo. Nos depoimentos à polícia, amigos de Guilherme afirmaram que, minutos antes do acidente, tentaram impedir que ele saísse da festa com o veículo. 

Segundo eles disseram à polícia, chegaram a retirar a chave do carro, mas, ainda conforme o processo, a namorada disse que ele “não estava tão ruim assim”. 

Conforme o Ministério Público, o motorista trafegava pela estrada rural quando atropelou o casal e fugiu sem prestar socorro às vítimas. Depois, o veículo foi localizado destruído na garagem de um familiar dele. 

Ele se entregou à Polícia Civil somente no dia 13 de julho daquele ano. Guilherme teve a prisão preventiva decretada e foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto. Na ocasião, uma das advogadas de Guilherme afirmou que ele não teve intenção de atropelar o casal e que não prestou socorro por medo. 

Cinco meses depois, o condutor do carro foi solto e, desde então, respondia ao processo em liberdade. 

*Com informações do g1