Março Azul Marinho, mês de conscientização sobre o câncer colorretal

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Março Azul Marinho, mês de conscientização sobre o câncer colorretal - Foto: Reprodução

Ambulatório de Oncologia reforça a campanha, com fatores de risco, sintomas e tratamento.


Passar por um diagnóstico de câncer pode ser uma jornada muito difícil para o paciente e seus familiares e o diagnóstico precoce é um fator decisivo para o sucesso no tratamento. A campanha Março Azul Marinho chama atenção para o câncer colorretal (CCR) e leva informação e empatia aos pacientes que estão passando por tratamento.

O Ambulatório de Oncologia da Santa Casa de Votuporanga apoia a iniciativa e reforça a importância de conscientizar sobre a patologia. “Existem pesquisas que apontam que as chances de sobrevivência do paciente e de o tumor não voltar após o tratamento são muito maiores quando a doença é diagnosticada por sintomas iniciais, inclusive, quando assintomático, ou seja, na ausência de sintomas. Então faz todo o sentido fazer campanhas de prevenção para tentar identificar o tumor em um estágio mais precoce”, explicou a médica oncologista Dra. Júlia Cordeiro.

O número estimado de casos novos de câncer de cólon e reto (ou câncer de intestino) para o Brasil, para triênio de 2023 a 2025, é de 45.630 por ano. Desses, 21.970 são entre os homens e 23.660, entre as mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de cólon e reto ocupa a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no País.

O que é o câncer colorretal?

Câncer colorretal são tumores que se desenvolvem no intestino grosso (cólon) e no reto. Se descoberto no início, as chances de cura são muito altas, porém o problema é que este tipo da doença é muito silencioso.

Quando isso acontece com cânceres muito frequentes, é comum a indicação de exames de rastreio, que são exames realizados em um grupo específico da população (que têm mais propensão à doença) mesmo sem a presença de sintomas.

Principais fatores de risco que favorecem o surgimento do câncer colorretal

– Sedentarismo;

– Obesidade;

– Ingestão excessiva de alimentos gordurosos e industrializados;

– Consumo de álcool excessivo;

– Consumo de alimentos defumados, carne vermelha. Pouca ingestão de frutas, grão e legumes;

– Tabagismo.

Sintomas

– Emagrecimento sem motivo

– Sangue nas fezes

– Anemias de repetição

– Cansaço e indisposição sem razão

– Mudanças nos hábitos intestinais sem motivo (diarreia frequente ou constipação)

É fundamental buscar atendimento médico assim que surgirem os sintomas. Pessoas com idade acima de 50 anos ou com histórico familiar de incidência de doenças no intestino grosso devem realizar exames regularmente, para avaliar as condições do órgão.

Como detectar?

A detecção precoce é a melhor forma de encontrar o tumor na fase inicial e aumentar as chances de cura, e pode ser feita pelos exames:

– Pesquisa de sangue oculto nas fezes;

– Colonoscopia ou retossigmoidoscopia.

Tratamento

Para o câncer colorretal de localização no cólon, o tratamento é cirúrgico e em alguns casos é necessário até mesmo quimioterapia. No caso de câncer no reto, o tratamento também é cirúrgico, mas em determinadas situações pode-se utilizar quimioterapia e radioterapia antes do procedimento. “Se estiver em estágio inicial as chances de cura excedem 90%. Em contrapartida, quando é diagnosticado em um estágio em que não se restringe mais ao intestino, chamado câncer colorretal estágio 4 ou câncer colorretal metastático, aí a sobrevida varia até 5 anos”, alertou.

Prevenção: alimentação e hábitos saudáveis

Na luta contra o câncer colorretal, é essencial fazer a lição de casa básica: alimentação saudável, evitar a obesidade, prática de atividade física, não exagerar do consumo de álcool, não fumar. É fundamental ainda reduzir a ingestão de carne vermelha e de processadas, como presunto, linguiça, salame, bacon, mortadela, salsicha, como exemplos. “Recomendamos a ingestão elevada de fibras, que reduzem drasticamente os riscos. Muita fruta e legumes”, concluiu a dra.