Cíntia Jayne Carvalho de Sá tem 27 anos, reside no bairro São Cosme em Votuporanga, está desempregada e é mãe solteira de três filhos. Ela conta que é beneficiária do Bolsa Família e que recebeu o Salário Maternidade até o dia 13 de abril. “Quando começou a pandemia, eu como já era beneficiária do Bolsa Família, fui adicionada ao Auxilio Emergencial automaticamente, isso foi no dia 2 de abril; no dia 12 recebi a notícia que havia sido negado, não hesitei e pedi novamente, foi indeferido novamente no dia 29 com o argumento de que era beneficiária do INSS, sendo que eu não tinha mais vínculo com o INSS . Contestei no mesmo dia e agora no último dia 17 foi negado novamente”, lamenta.
No indeferimento a CGU (Controladoria Geral da União), órgão vinculado ao Ministério da Cidadania, alegou: “Seu auxilio emergencial foi indeferido porque você ou algum membro familiar que você indicou em sua solicitação, faz parte de uma família beneficiária do Programa Bolsa Família. O auxílio emergencial serve para pessoas que fazem parte de famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família e foi inscrito automaticamente, pois essas famílias estão inscritas no Cadastro Único. Caso você considere que o motivo de indeferimento esteja incorreto, você poderá procurar a Defensoria Pública da União para contestar o indeferimento do benefício”.
Cíntia conta que sua vida está muito difícil está com as contas de energia, água, aluguel e que a pensão alimentícia que deveria estar recebendo do pai das crianças “não sente nem o cheiro”.
“Atualmente vivo de doação das pessoas. Não estamos passando fome, pois graças a Deus ganhamos muitos alimentos”.