Leishmaniose: Votuporanga registra 43 casos em cães e 1 em humano 

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Foto: Reprodução

O contato com um animal infectado não transmite a doença para os humanos. Tanto o cão como o humano só são contaminados por meio da picada do mosquito palha infectado.


Votuporanga/SP registrou 43 casos de leishmaniose visceral em cães e 1 em humano em 2022 é o que aponta um levantamento da Vigilância Epidemiológica a pedido do jornal Diário de Votuporanga, nesta quarta-feira (25.mai). Segundo os dados, no ano passado, município registrou um caso positivo em humano e nenhum óbito, já a Vigilância Ambiental contabilizou 296 casos positivos em cães.

A Leishmaniose Visceral Canina é transmitida pelo mosquito-palha que, ao picar o animal, introduz na circulação sanguínea o protozoário do gênero Leishmania infantum chagasi, causador da doença. O número de casos, assim como a taxa de mortalidade em humanos e animais, aumenta anualmente no país. 

Os principais indícios que os cães podem apresentar da doença é a perda de peso, anemia, feridas e descamações na pele, crescimento exagerado das unhas, ínguas (aumento de volume dos gânglios), alterações renais e/ou hepáticas. A falta de informação sobre a leishmaniose visceral canina dificulta a implementação de medidas de prevenção. 

A doença é cercada por alguns mitos, por exemplo, de que o cão pode transmitir a doença diretamente para o humano. Na prática, o contato com um animal infectado não transmite a doença para os humanos. Tanto o cão como o humano só são contaminados por meio da picada do mosquito palha infectado. 

Nos humanos, os principais sintomas da doença são febre irregular de longa duração por mais de sete dias, falta de apetite, emagrecimento e fraqueza, além de inchaço da barriga, por causa do aumento do fígado e do baço. 

Ainda segundo a Prefeitura, investigar os casos suspeitos de leishmaniose visceral humana e garantir o diagnóstico e tratamento adequado dos casos são os objetivos das ações realizadas pela Secretaria Municipal da Saúde, e salienta. “Por isso, é necessário permitir o acesso dos agentes de saúde em domicílios para exames dos cães e recolhimento dos que estiverem doentes. Ações como essa são muito importantes para a prevenção e combate à proliferação da doença.”