Kingo Takahashi, preso durante atos antidemocráticos em Brasília, confessou à polícia que teve despesas de viagem pagas 

2273
Kingo Takahashi durante invasão à Praça dos Três Poderes — Foto: Arquivo Pessoal

O bolsonarista, morador de Votuporanga, disse à polícia ter levado apenas R$ 150 para a manifestação na Capital Federal. Durante os atos antidemocráticos, o empresário tirou uma foto deitado em uma poltrona vermelha no Palácio do Planalto.


O empresário de Votuporanga/SP, Kingo Takahashi, um dos bolsonaristas radicais presos pelos ataques ocorridos na Praça dos Três Poderes, em Brasília/DF, contou em depoimento à polícia que teve as despesas pagas para participar dos atos antidemocráticos.

De acordo com a apuração do g1, Kingo relatou que parte do grupo que estava no Quartel-General do Exército realizou uma vaquinha para custear a viagem e o hotel de quem quisesse ir a Brasília.

Durante depoimento à polícia, o bolsonarista radical também disse que “trouxe R$ 150” para ficar no Distrito Federal, bem como afirmou que não sabia os nomes ou as características dos organizadores do QG.

Fotos e vídeos

Em vídeos publicados nas redes sociais, Kingo aparece perto da rampa do Congresso Nacional, acompanhado de outros terroristas que participaram dos atos antidemocráticos ocorridos no dia 8 de janeiro.

“Vamos derrubar os bandidos. Vamos acabar com esses vagabundos. Isso é melhor que show de rock”, disse o empresário durante a gravação.

Já em uma fotografia, o empresário está deitado em uma poltrona vermelha, com os pés apoiados em um móvel.

Kingo foi preso em flagrante por “tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído”. Ele foi encaminhado para o Complexo Penitenciário da Papuda.

Presos por invasão

A lista com o nome dos bolsonaristas radicais que depredaram as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário foi divulgada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal.

Durante a invasão, os terroristas quebraram vidraças e móveis, vandalizaram obras de arte e objetos históricos, entraram gabinetes de autoridades, rasgaram documentos e roubaram armas.

Bolsonaristas em atos terroristas em Brasília — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ataque às sedes dos Três Poderes e à democracia é sem precedentes na história do Brasil. O prejuízo ao patrimônio público está calculado em ao menos R$ 3 milhões apenas na Câmara dos Deputados, que junto com o Senado Federal compõe o Congresso Nacional.

Até o fim da manhã de quinta-feira (12), 1,2 mil pessoas haviam sido presas.

*Com informações do g1