Justiça do Trabalho manda fechar duas unidades dos Correios em Rio Preto

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RIO PRETO - Correios Avenida Nossa Senhora da Paz - Jardim Alto Alegre em São José do Rio Preto

Centro de Distribuição, na avenida Nossa Senhora da Paz, e Centro de Entrega de Encomendas, no Distrito Industrial, terão que ficar fechados por 15 dias

O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, por meio da 2ª Vara de Rio Preto, mandou fechar duas unidades dos Correios na cidade: o Centro de Distribuição Domiciliária (CDD), na avenida Nossa Senhora da Paz, e o Centro de Entrega de Encomendas (CEE), no Distrito Industrial, onde trabalham, segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Rio Preto e região (Sintect), aproximadamente 120 funcionários.

A determinação atende a uma ação do sindicato que foi à Justiça após um carteiro de 35 anos, que atua em ambas as unidades, testar positivo para a Covid-19. De acordo com a entidade, a empresa descumpriu as medidas de prevenção e não liberou nenhum trabalhador da unidade para o trabalho remoto, além de não desinfetar o local, não notificar a doença às autoridades e não entregar Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) ao trabalhador infectado.

Diante da situação, o juiz do trabalho Sidney Pontes Braga determinou o fechamento de ambas unidades por 15 dias, sem prejuízo de suas renumerações, sob pena de multa diária de R$10 mil por descumprimento. O documento requer, ainda, que todos os trabalhadores sejam submetidos a testes para Covid-19, isolando por 15 dias os que testarem positivo.

Caso não seja possível realizar os exames por faltas de testes, a empresa deverá manter todos os empregados em trabalho remoto ou em falta justificada durante 15 dias a contar da data da confirmação do diagnóstico.

De acordo com a assessoria de imprensa dos Correios, o CDD Redentor foi fechado para desinfecção nesta quinta-feira, 4, e informou que a empresa afastou tanto o carteiro, como os funcionários que atuam próximo a ele.

A nota disse também que foram instalados painéis de acrílico em mais de 5 mil guichês de atendimento e também será providenciada a vacinação contra gripe para todos os empregados como forma de garantir a prestação dos serviços postais, considerados essenciais pelo decreto do governo federal.

A empresa lembrou, ainda, que vem acompanhando a situação de saúde dos seus empregados, prestando o apoio necessário e, também, atuando para garantir o bom funcionamento das atividades operacionais. As orientações relacionadas ao afastamento de empregados em casos suspeitos de Covid-19 permanecem válidas.

Caso ocorra a suspeita de contaminação entre os empregados, os Correios garantem a providência de ações de sanitização em todo o ambiente da unidade e o afastamento imediato da pessoa que possa estar infectada.

“Os Correios lamentam eventuais transtornos à população, neste momento de adversidade e adaptação de todos os setores da sociedade e afirmam que estão trabalhando para viabilizar, com segurança, a continuidade de suas atividades, essenciais para atender a população nesse momento em que mais precisa”, diz a nota da empresa.

A reportagem questionou a empresa se a paralisação das unidades deve afetar a entrega de  correspondências. Em nota, os Correios informaram que ainda não foram notificados da decisão judicial.

Por: Arthur Pazin – (Colaborou Millena Grigoleti) – DIÁRIO WEB