Dra. Adriana Bellini Miola, do Instituto de Moléstias Cardiovasculares de Rio Preto, explica que época ideal para aproveitar que a rotina desacelera um pouco e reservar um tempo para fazer o check-up cardiológico, afinal, o coração tem impacto em todo o corpo.
Início de ano é o momento em que as pessoas avaliam e traçam novos objetivos para a vida, planejam a parte financeira e trançam planos para a carreira e trabalho. Mas a maioria das pessoas não lembra do principal: a saúde. O início do ano é a época ideal para aproveitar que a rotina desacelera um pouco e reservar um tempo para fazer o check-up cardiológico, afinal, o coração tem impacto em todo o corpo.
No check-up, o médico realiza uma avaliação clínica completa, que inclui o histórico, a rotina e os hábitos do paciente, exame físico com a medida da pressão arterial, exames de sangue e de imagens. A cardiologista Adriana Bellini Miola, do Instituto de Moléstias Cardiovasculares – IMC, ressalta que o check-up tem uma ação preventiva importantíssima. “Nesta avaliação, podemos diagnosticar doenças do coração mesmo antes dos sintomas aparecerem e tratá-las ainda no início, quando o controle da doença é melhor e as chances de obtermos resultados positivos são maiores”, afirma Dra. Adriana.
O consenso na medicina é que, a partir dos 40 anos, a pessoa faça o check-up uma vez por ano, pois é a partir desta faixa etária que aumenta a incidência das doenças cardiovasculares.
Dra. Adriana salienta que há pessoas, no entanto, que devem iniciar o check-up ainda mais cedo, caso um dos pais ou irmãos tenha tido precocemente doença coronária, como infarto, ou tido a necessidade de se submeter a cateterismo ou à cirurgia no coração.
“Devemos ficar ainda mais atentos se o paciente possui pai ou irmão, enfim, parente de primeiro grau, do sexo masculino com menos de 55 anos de idade e do feminino com menos de 65 anos, que tenha tido infarto, morte súbita ou foi submetido a angioplastia com stent ou cirurgia cardíaca de revascularização do miocárdio (ponte safena ou ponte mamária”, destaca a cardiologista do IMC.
O quadro revelado acima é considerado o mais importante fator de risco para doença coronária, cuja manifestação pode ocorrer antes, justificando a necessidade de se fazer check-up ainda jovem e se preocupar com o controle dos fatores de risco mais precocemente, logo no início da fase adulta.
É recomendado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, no entanto, que já a partir dos 10 anos, se meça o colesterol e, a partir dos 18 anos, seja aferida a pressão arterial. A Sociedade Americana de Diabetes, por sua vez, orienta as pessoas a partir dos 35 anos a medir a glicose no sangue e, se normal, repetir a cada 3 anos.
“Como um dos principais centros de referência no tratamento de problemas cardiovasculares no interior paulista, o IMC de Rio Preto possui equipe multiprofissional e infraestrutura completas para realizar o check-up cardiológico e, caso se diagnostique alguma doença, tratá-la”, afirma Dra. Adriana.
Contudo, uma avaliação geral de saúde pode começar bem antes, pela pesquisa dos fatores de risco para aterosclerose: “o objetivo é fazer um diagnóstico precoce da aterosclerose, que são placas de gordura nas artérias, e o efetivo controle dos seus fatores de risco, para evitar que elas cresçam”, destaca o cardiologista.
O check-up cardiológico permite detectar alterações no coração em estágio inicial, ou ainda diagnosticar anomalias já instaladas, mas que ainda não se manifestaram. A avaliação precoce e rotineira é ideal para acompanhar e cuidar da saúde do órgão responsável por bombear sangue para todo o corpo. Com a realização do check-up cardiológico, você garante prevenção e proteção contra doenças, proporcionando tranquilidade, segurança e qualidade de vida.
Se não adotar esta rotina preventiva, a pessoa corre o risco de problemas que põe em risco a vida. A aterosclerose, por exemplo, é a principal causa de doença cardiovascular. À medida que placas de gordura se desenvolvem dentro das artérias coronárias, obstruem a passagem de sangue pelas artérias, resultando em quadros de angina, infarto, arritmias e até mesmo à morte súbita “Detalhe muito importante é que, nas fases iniciais, a pessoa pode não ter nenhum sintoma destes problemas. Por isso, a avaliação sobre a presença de fatores de risco para as doenças cardiovasculares começa cedo”, pontua Dra. Adriana.
Segundo ela, os fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento das placas de gordura nas artérias e ao infarto são:
• colesterol alto;
• pressão alta;
• diabetes (açúcar alto no sangue);
• tabagismo;
• estresse;
• obesidade;
• história familiar de infarto (principalmente pais e irmãos).
Além do check-up anual, as pessoas devem adotar hábitos preventivos, como a prática regular de atividade física, alimentação saudável, cessação do tabagismo e acompanhamento da pressão arterial, colesterol e glicemia para manutenção em níveis normais.