Homem morre após ser atacado por abelhas em Votuporanga 

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Homem morre após ser atacado por abelhas em Votuporanga – Foto: Redes Sociais 

Carlos Alberto Alvares, de 56 anos, trabalhava em uma propriedade rural quando foi atingido pelas abelhas; ele foi socorrido à Santa Casa, mas não resistiu e faleceu.


Um tratorista de 56 anos morreu após ser atacado por abelhas na zona rural de Votuporanga/SP, na manhã desta sexta-feira (23.fev). 

De acordo com o apurado, na manhã da última quarta-feira (21), Carlos Alberto Alvares trabalhava em uma propriedade rural, quando teria sido atacado e recebido as ferroadas. Ele foi socorrido ao pronto-socorro da Santa Casa, onde permaneceu hospitalizado; no entanto, não resistiu e veio a óbito. 

Nas redes sociais, amigos deixaram mensagens de despedida e lamentaram a partida abrupta de Carlos Alberto, que deixou a esposa Cleidineia e os filhos: Carlos, Danatielli e Tais; além de demais familiares. 

Seu sepultamento ocorre neste sábado (24), às 16h, no Cemitério Municipal de Valentim Gentil/SP. 

Entenda os riscos e saiba como agir 

O médico alergista e professor da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes) Fabrício Afonso afirmou que uma pessoa pode ter reações locais inflamatórias dolorosas, mas sem complicações maiores. Se existe suscetibilidade à alergia, seja por questões genéticas ou exposição prévia, as reações podem ser mais extensas. 

O paciente pode desenvolver urticária, inchaço nos lábios e pálpebras ou até mesmo anafilaxia – forma mais grave de alergia. O choque anafilático é o estágio terminal da condição e ocorre antes de uma eventual parada cardiorrespiratória, que pode evoluir para a morte. 

“Se o indivíduo sabe que tem o quadro alérgico simples, deve tomar algum cuidado com exposições em ambiente de praia, no campo, com alimentos, odores, fragrâncias […] Odores adocicados e florais são chamariz [chamam a atenção]”, disse o especialista. 

O que fazer? 

Quando o paciente leva muitas ferroadas ao mesmo tempo, há uma reação por excesso de toxinas liberadas na corrente sanguínea, caracterizando o que o médico chamou de “processo inflamatório brutal”. 

Se a pessoa já levou uma ferroada e sabe que tem reações leves, deve levar consigo ao menos um antialérgico. Se teve reações graves, um dispositivo de adrenalina autoinjetável. Consultar um alergista periodicamente também é muito importante. 

Em casos mais graves, a orientação é deitar no chão com as pernas para cima – para aumentar o fluxo de sangue ao cérebro – e acionar socorro. O ímpeto de tirar o ferrão deve ser contido, pois ligada a ele está a parte terminal do abdômen da abelha, que concentra o veneno. Tente puxar o ferrão de baixo para cima sem espremer com auxílio de algum objeto.